IMAC participa de projeto em gestão contábil na UFES

Colabore com essa informação! Pix47.964.551/0001-39.


Terceiro Setor
Por: José Salucci

O Instituto Mulheres em Ação pela Cidadania (IMAC) foi uma das organizações protagonistas no projeto de extensão “Casos de Estudos Contábeis no Terceiro Setor”, uma iniciativa transformadora realizada na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Durante o primeiro semestre de 2025, de abril a agosto, a universidade se tornou um laboratório vivo onde o conhecimento acadêmico encontrou a prática de instituições que são pilares na sociedade capixaba. A capacitação de duas integrantes do IMAC representa um passo fundamental para o futuro sustentável da organização.

Idealizado pelo Prof. Dr. Gabriel Moreira Campos, pesquisador e entusiasta do Terceiro Setor, o projeto nasceu da disciplina optativa “Contabilidade das Entidades sem Fins Lucrativos”. A sala de aula se converteu em um espaço de esperança e aprendizado para o IMAC, e mais outras duas entidades: a Associação Reciclarte.com e a Associação dos Ostomizados do Espírito Santo (AOES). A iniciativa demonstrou que a contabilidade, muitas vezes vista como uma ciência de números frios, pode ser uma poderosa ferramenta de transformação humana e organizacional, ao mesmo tempo que oportuniza aos alunos uma imersão na prática profissional.

O ápice dessa integração se materializou durante o “V Seminário UFES de Contabilidade Aplicada”, no dia 25 de setembro, um evento que consolidou a parceria entre a universidade e as entidades do Terceiro Setor, através da primeira edição da Feira Social “Contabilizando Arte”.

Para Bella de Andorinhas, presidente do IMAC e referência no empreendedorismo feminino, o convite para participar foi um importante reconhecimento. “Eu me sinto muito orgulhosa por ter sido reconhecida. O convite surgiu na Rede Pocante, onde indicaram nosso Instituto”, relata.

Feira Social “Contabilizando Arte”. / Foto: Jornal Merkato. Clique na imagem!

Da teoria à prática: conhecimento que transforma

A união entre a disciplina e o projeto de extensão foi uma estratégia pedagógica deliberada para conectar os estudantes à realidade das organizações. “Foi uma forma de os alunos terem uma vivência, colocando em prática o conteúdo da disciplina e vendo como é o dia a dia das atividades dessas entidades”, explica o professor Gabriel.

Para as participantes do IMAC, a experiência foi reveladora. Angelina Marques de Oliveira, graduada em História e voluntária na instituição, destaca que o curso desmistificou uma área antes considerada complexa. “Esse curso nos ajudou a assimilar a contabilidade para o Terceiro Setor, porque era muito confuso para nós entender essa parte dentro da filantropia”, afirma. Segundo ela, a dificuldade em elaborar relatórios e realizar a prestação de contas era um grande desafio.

A primeira tesoureira do IMAC, Karoline de Souza Luiz Pimenta, viu na capacitação a chance de aprimorar a gestão financeira. “Eu aprendi muito, principalmente a parte de organização financeira. O curso foi completo e, mesmo em um semestre, foi muito bem aproveitado”, conta Karoline, que se sentiu inspirada a, talvez, cursar a graduação em Ciências Contábeis.

Contabilidade como ferramenta de sustentabilidade

O impacto do projeto vai além do conhecimento técnico; ele se reflete diretamente na capacidade de gestão e na sustentabilidade das organizações. Angelina elogia a abordagem do professor, que facilitou a aplicação do conteúdo. “O que mais me chamou a atenção foi a dinâmica do curso. O professor usou ferramentas fáceis e estudos de caso que nos permitiram expor nossas dificuldades. Ao mesmo tempo que ele apresentava a teoria, nos deixava colocar nossa vivência”, detalha.

Com as novas habilidades, a gestão financeira do IMAC ganha um reforço estratégico. Karoline já aplica o aprendizado no controle da loja social, que financia as despesas do instituto. “A prática foi na parte da loja, sobre entrada e saída das receitas do bazar. Lançar no Excel, o controle do pagamento, tudo ficou mais claro”, explica. Ela reforça o compromisso com a transparência: “Qualquer dinheiro que sai tem que ser avaliado. Se temos condição, fazemos; se não, esperamos. Tudo é registrado em livro, não há desvios”.

Bella de Andorinhas celebra o resultado, confiante de que o conhecimento adquirido é a semente para um futuro mais sólido. “Gerou uma expectativa melhor de gerir nossa instituição. O conhecimento é tudo, não é? Quanto mais a gente aprende, melhor desenvolvemos nosso potencial”, conclui a presidente.


 

Compartilhe:

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *