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Terceiro Setor
Por: José Salucci – Jornalista
O 1º Encontro Capixaba do Terceiro Setor (ECATS) concentrou sua programação nessa sexta-feira (17) em debates técnicos voltados para a profissionalização da gestão de Organizações da Sociedade Civil (OSCs). Realizado no Auditório da Faculdade Estácio, em Jardim Camburi, o evento, com o tema central “Intersetorialidade”, busca conectar e fortalecer entidades sociais, empresas e o poder público.
Organizado pelo Instituto PEB (Projeto Educa Basquete) e pela Rede Pocante, o encontro reune mais de 30 palestrantes em eixos como Legislação, Captação de Recursos e Gestão Estratégica.
Cláudio Monteiro, coordenador geral do ECATS, destacou que o segundo dia foi planejado para aprofundar o conhecimento prático dos participantes. “Ontem [quinta-feira] foi um dia preparado para mexer com os sentimentos, para sensibilizar parceiros. Hoje, começa a parte técnica”, explicou.

Segundo Monteiro, o objetivo principal é fomentar a melhoria contínua das organizações. “A proposta é provocar as instituições ao pensamento de se qualificarem. As OSCs precisam observar o quanto elas precisam de melhorar para estarem preparadas para parcerias, para receber recursos e para ter uma comunicação melhor”, afirmou o coordenador.
O desafio de comunicar o impacto
Merkato acompanhou a programação técnica, onde algumas oficinas foram realizadas simultâneamente, por uma questão de identificação à editoria do jornal, a oficina de comunicação ministrada por Alexandre Carvalho, diretor de jornalismo da Rede Vitória e diretor do Instituto Américo Buaiz, teve cobertura direta. Com o tema “Comunicação que Importa: os 10 C’s para engajar, conectar e transformar”, o profissional debateu como as OSCs devem se posicionar ao trasmitirem a informação para atrair o olhar da Grande Imprensa.

O jornalista trouxe 10 palavras iniciadas com a letra ‘c’, propondo um recorte do que seria o ideal para uma comunicação efetiva entre entidade social e imprensa, entre elas: comunidade, conexão, compreensão, contexto, credibilidade, comprovação, curadoria, consistência, canais e convergência. (em breve Merkato publicará entrevista exclusiva para explicitar as palavras selecioandas).
Carvalho, que possui mais de 30 anos de experiência no mercado de comunicação, enfatizou que o principal erro das organizações é focar em si mesmas, e não no impacto que geram. “A instituição propriamente dita não é a notícia. A notícia é o benefício gerado por essa instituição, quer seja um benefício funcional ou emocional”, resumiu.
O diretor orientou os gestores a mudarem o foco da sua comunicação. “Se eu pudesse deixar um recado é: olhem para os benefícios que vocês geram, menos para vocês próprios. É isso que vai criar a conexão com o público”, aconselhou.
Mídia comunitária e “boas histórias”
Alexandre Carvalho também defendeu a importância dos canais próprios de comunicação das entidades e valorizou a mídia comunitária, que, segundo ele, “está muito perto do público de que fala”. Ele vê esses canais como complementares à Grande Imprensa, e não concorrentes.
Questionado sobre como as OSCs podem emplacar pautas nos grandes veículos, o diretor afirmou que a Rede Vitória está “muito aberta a histórias” e que sua missão editorial é contribuir para o desenvolvimento do estado. “O que a gente quer contar são boas histórias do capixaba para o capixaba”, concluiu.

O ECATS é patrocinado pela ArcelorMittal, Sicredi, Instituto Marca e Marca Ambiental, com apoio do Jornal Tempo Novo.



