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Por Samuel J. Messias – Mestre em Educação.
A importância do empreendedor no desenvolvimento econômico vem chamando cada vez mais atenção de acadêmicos e pesquisadores. Em países em desenvolvimento o fomento ao empreendedorismo é uma poderosa política pública de criação de novos empregos e ganhos de produtividade na economia local. Esta função está associada a uma característica peculiar desse fenômeno, que se trata da criação de novos negócios por sujeitos empreendedores.
E esse desafio, de educar para o empreendedorismo, é frisado por Welsh (2016), que evidencia o Ensino de Empreendedorismo como um período de transição, principalmente em função das mudanças, tanto conceituais, com novos modelos de ensino, quanto tecnológicas, que as principais IES – Instituições de Ensino Superior, estão passando atualmente, ocasionando uma ampla produção científica com trabalhos com resultados bastante dissonantes entre eles.
Esse artigo mostra a tradição de pesquisa empreendedora baseada em evidências, trazendo como contribuição acadêmica a discussão sobre a educação empreendedora e o perfil empreendedor. Ao focar no perfil empreendedor, e não na intenção empreendedora, pretende se contornar limitações reconhecidas de que a intenção empreendedora não é a variável mais adequada à análise da eficiência da educação empreendedora.
A educação empreendedora desenvolve competências integradas à construção de projetos de vida. Colabora para o desenvolvimento integral de estudantes e estimula o seu protagonismo em diversas faixas etárias. Oferece soluções de aperfeiçoamento e valorização profissional de professores e gestores escolares.
A educação empreendedora pode ser trabalhada desde a Educação Infantil perpassando em todos os níveis educacionais e com um recorte para a EJA, o que vai diferenciar é a complexidade das atividades. Além disso, é importante tratar dos conteúdos de maneira contextualizada com a realidade e o interesse dos estudantes, considerando que as turmas são heterogêneas.
O papel do professor à prática no ensino do empreendedorismo evidencia como importante no contexto educacional. E seus papéis baseiam-se, na percepção dos alunos, de um ser referência: Auxiliador, Condutor, Despertador, Encorajador, Estimulador, Expansor, Incentivador e Motivador.
O Professor empreendedor é aquele que aprende que trabalhar em equipes e redes – com colegas, pais e liderança educacional– é um poderoso canal de mudança. É aquele que entende que a educação vai além da sala de aula e faz parte de um sistema cuja complexidade precisa de ser explorada.
A responsabilidade e a cidadania também podem ser vistas como uma Competência da BNCC que está ligada ao Empreendedorismo. O estudante passa a aprender a importância da autonomia, da flexibilidade e do senso coletivo nas suas escolhas, pontos em comum com o Empreendedorismo.
Estimular a descoberta e o desenvolvimento de talentos e competências é um dos passos para ensinar o empreendedorismo na escola. O empreendedorismo não é um talento nato: a capacidade de abrir e conseguir sucesso num negócio pode ser aprendida em todos os níveis de ensino e deve ser incentivada desde a infância.
Um instrumento de ensino que deve incentivar o empreendedorismo é o currículo escolar. As relações que permeiam a construção do(s) currículo(s) apresentam uma âncora de hegemonia ideológica, ou seja, um aspecto de poder que analisa, constrói, instrumentaliza as múltiplas faces existentes em um currículo, é no currículo que as ideias empreendedoras devem ser inseridas, para que os alunos já sejam estimulados na escola a usarem a informação adquirida com propósito de inovação.
Não basta apenas jogar o conhecimento sobre o aluno, mas orientá-lo, estimulá-lo a criatividade. Urge a prática empreendedora no ambiente escolar para que alunos e alunas saibam gerir o conhecimento que recebem durante todo o ano. As escolas cobram dos alunos que se tornem profissionais de destaque e criem projetos de sucesso, mas nem sempre priorizam a educação empreendedora, e para atualização de mercado, é relevante a inserção de práticas empreendedoras no currículo escolar para que os estudantes possam ter formação real do que tange ao mercado de trabalho.
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