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Falcão Fight 1: “Meu evento foi boxe de verdade!”

O "Falcão Figth", evento de boxe do ex-atleta Yamaguchi Falcão, reascendeu o boxe capixaba.(Imagem: Divulgação)

Invista no Jornal Merkato! – Pix: 47.964.551/0001-39


Entrevista / Boxe
Por José Salucci – Jornalista e diretor do Merkato

Vinte e oito atletas participaram do grande evento de boxe “Falcão Fight 1”, no último sábado dia 22 de junho. Idealizado pelo pugilista Yamaguchi Falcão e pela empresária do ramo odontológico Natália Arantes, a primeira edição do show de lutas aconteceu na Associação dos Médicos do Espírito Santo, (AMES), em Bento Ferreira, Vitória.

O espaço recebeu um público com um pouco mais de 400 pessoas, o suficiente para a vibração tomar conta do lugar. Os presentes assistiram cards de lutas amadoras e profissionais, estas chanceladas pelo Conselho Nacional de Boxe (CNB). Ou seja, os combates contaram para o cartel dos lutadores no “BoxRec”, site de referência para atletas de boxe profissional.

Ao todo, foram oito lutas amadoras e seis profissionais. Destaque para a vitória de Luciano Falcão, o “Urso” e Wagner Lyra, o “Mutante”. O evento ainda contemplou uma luta feminina, com vitória da capixaba Bella diante de sua adversária Daiane Vieira, de São Paulo.

O Merkato conversou com Yamaguchi. O medalhista de bronze, nas Olímpiadas de Londres, 2022, cedeu entrevista de forma leve, entre risadas, histórias do boxe e com o apoio de sua esposa Juliana Zandonadi, 39; o casal está juntos há 10 anos.

Com um clima aconchegante e gostoso, o papo rolou no Rick’s Spettaria, em Valparaíso, Serra. Yamaguchi pontuou os bastidores do evento: planejamento para realizar o evento; a parceria com sua sócia; as dificuldades de executar o antes e o durante do evento; o trabalho realizado por sua esposa, que é Matchmaker da equipe Falcão Fight; as curiosidades da luta e muito mais, além de planos para o futuro do Falcão Figth, já considerado um evento de ponta no boxe nacional. Leia a entrevista e já se prepare para o “Falcão Fight 2”.

À esquerda na foto, a empresária Natália Arantes. Ao seu lado, o medalhista olímpico (bronze) -Yamaguchi Falcão. / Foto: Divulgação.

1 – Yamaguchi, o “Falcão Fight 1” é o primeiro evento de boxe profissional do Espírito Santo. Qual a sua avaliação desse seu trabalho como empreendedor?

Vou dar uma real pra você: o meu evento teve luta de boxe. Meu evento foi boxe de verdade! Eu dei oportunidade e credibilidade para os atletas. Em outros eventos, os atletas pagam para participarem, no meu, todos foram remunerados.

E digo mais, no “Falcão Figth” não teve luta entre famosinho e lutador profissional, um youtuber contra um lutador. Foram seis lutas de muita qualidade; seis atletas preparados. Todos buscando o nocaute, buscando a vitória. Como ex-atleta, as lutas me agradaram. Vi muita ginga, vontade, trocação, intuição dos atletas. Foi a coisa mais linda!

À esquerda na foto, a lutadora Daiane Vieira, de SP. Com um direto de esquerda, Isabella Moysés, a “Bela”, mostrando sua força diante de sua adversária . / Foto: Divulgação.

2 – E como nasceu o “Falcão Figth 1”?

Esse evento surgiu quando eu estava nos E.U.A. Na ocasião, liguei pra minha sócia, que hoje é a Natália Arantes, na época ela trabalhava comigo como assessora, essa conversa foi ano passado. Dei a ideia pra ela e, simplesmente, ela aceitou. Daí em diante começamos a escrever o projeto e levar pra vários políticos e empresários, mas ninguém abraçou.

Diante disso, mudei muita coisa no planejamento do projeto. De início, a minha vontade era fazer um evento apenas com boxe profissional entre confrontos Brasil versus Argentina, mas não foi possível por causa do baixo volume de verba. Mas claro, foi maravilhoso o card de lutas amadoras. Isso pôde me trazer novas ideias pros próximos eventos.

E outra coisa interessante, eu queria muito lutar no meu evento. Pra mim era muito importante tá no meu primeiro evento lutando. Hoje um adversário no Brasil não cobra menos de 10 mil pra lutar comigo, então não pude realizar esse planejamento porque a verba era pouca. Então, nós focamos em atletas brasileiros de fora do ES. Tivemos atletas representando os estados de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. E graças a Deus foi um evento que balançou o público e acordou o boxe capixaba.

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3 – Yamaguchi, quando você começou a planejar esse evento de boxe, já tinham a ideia de torná-lo um evento mundial ou você quis esperar a primeira edição pra tirar as devidas conclusões?

Toda vida eu já pensei no meu projeto de forma estadual, nacional e mundial. Eu sou um cara muito fã do Oscar De La Hoya, que é da Golden Boy Promotions, pra mim é o maior promotor e boxe. Eu me vejo nele. Então esse é meu foco: fazer o “Falcão Figth” pro mundo. A ideia é que os atletas do “Falcão Figth” possam viajar o mundo, conhecer outras culturas e lutar por títulos. E até porque, eu tenho um bom relacionamento com o Golden Boy, com a Premier Boxing Champions (PBC), com a Fire Boxe. A oportunidade está aí, acho que os atletas tem grandes chances no meu evento.

4 – E por que motivo entrou a parte de lutas amadoras no evento, já que a ideia inicial era só trazer atletas profissionais?

Como eu já disse: não tive condições de fazer um duelo entre Brasil e Argentina, que a ideia era fazer 10 lutas profissionais, e por não termos condições de pagar os atletas, pensei em colocar as lutas amadoras.

Claro, saiu um pouco do foco inicial, mas vou ser bem verdadeiro: me adaptei a situação de não ter uma boa verba para fazer o que eu queria e pensei no público. Eu queria que meu primeiro evento desse o que falar, mas eu estava com muito medo, medo de não encher, porque quando se fala em esporte no ES é muito difícil de encher um ginásio. Então, até por isso eu peguei um espaço menor pro meu primeiro evento. Eu não podia errar.

Eu acho que acertei. Eles deram show no boxe. Temos atletas de alta qualidade para passar pro boxe profissional e seguir carreira.

5 – Olhando para os atletas profissionais que participaram do “Falcão Figth 1”, você os enxerga como atletas para disputarem os grandes eventos e campeonatos do Brasil, Sul-Americano e Mundial?

Com certeza. Exemplo é o Mutante, o atleta que fez sua estreia no boxe profissional, que enfrentou o Isac de Amaral, este já vinha de três vitórias, e o Mutante provou ter competência de fazer lutas grandes, até porque ganhou por nocaute. Tem também o Luciano Falcão, que é um atleta de 25 anos de idade, já campeão Brasileiro (CNB). Ele é um atleta pra gente levar pro próximo cinturão mundial. Ele tá no caminho certo. É um atleta muito inteligente, tem a mão muito pesada e sabe boxear. Saber boxear é saber manter uma distância boa, não tomar golpe bobo e acertar, pegar rápido o erro do adversário. Tocar e não ser tocado, então o Luciano tem isso.

Luciano Falcão, o “Urso”, derrotou o seu adversário, o lutador Marcos “Hulk”, de calção verde. / Foto: Divulgação.

6 – E no dia do evento, qual foi o sentimento, o que passava por sua cabeça?

Pra mim foi muito emocionante. Quando eu subi no ringue pra fazer uma homenagem para meu pai, acabei convidando minha esposa. As pessoas acham que é pegar e fazer o evento, não é. Eu falei: melhor a gente treinar e lutar, é muito mais fácil. Eu tiro o chapéu pra quem faz evento e faz acontecer. É muita preocupação, é muita correria. É um quebra-cabeça danado.

Quando eu fiz a homenagem para meu pai, eu pensei: realizei. Consegui trazer o boxe capixaba a respirar de novo no ES. E quando eu desci do ringue… as pessoas me aplaudindo… me parabenizando… Tudo é o tempo de Deus! Acho que chegou o momento do Yamaguchi tentar crescer o boxe capixaba… Fui medalhista olímpico… Fui campeão de oito cinturões internacionais… Quero buscar outros caminhos pra Grande Vitória… Com a minha experiência de mais de 22 anos no boxe, agora é a hora de dar oportunidade pro ES, pro Brasil e para o mundo.

Mutante acertou um direto de esquerda em seu oponente, o Isac Bonafé, categoria peso-cruzador. O Mutante venceu por nocaute. / Foto: Divulgação.

7 – Yamaguchi, agora vamos falar de empreendedorismo. O “Falcão Figth 1” está sendo muito elogiado pelos atletas que ali competiram, pelos juízes, treinadores, empresários e público. Destaque fatos da parte administrativa do evento, da organização de um modo geral.

Bom, pra essa pergunta eu vou deixar a minha esposa Juliana falar, ela foi a cabeça do evento.

Juliana Zandonadi – Matchmaker: cuida em casar as lutas, organizar os exames médicos dos atletas e enviar pra CNB, cuida dos contratos dos atletas.

“Nós já trabalhamos com a CNB algum tempo. Como eu tenho atleta em casa, então já conheço essa vida de viagem de atleta, dos perrengues que os atletas passam. O “Falcão Figth 1” quis proporcionar uma comodidade para os atletas, porque nós pensamos como um atleta. Então é o atleta que dá o show, a gente tem que tratar ele bem.

Tivemos uma parceria com bons hotéis: o Sleep In, na Reta da Penha; o Go Inn (Serra e Vitória), o Transamérica Fit, em Jardim Camburi.  Então conseguimos colocar todos os atletas, treinadores, árbitros e todo mundo que veio de fora pra que ficassem bem acomodado. Tivemos motorista pra pegar e levar o pessoal da CNB no aeroporto, pra levar os atletas e juízes para o evento. Também oferecemos marmitas, frutas, água a vontade, a massagem no dia da luta, o apoio da Pizzaria Dom Campagnoli. Tratamos todos com muito carinho.

Então, assim, estou recebendo um bom fedbeck dos participantes. Eles me enviam mensagens pelo WhatsApp dizendo que já estão esperando o próximo evento e, nessa disseminação de boas notícias já recebemos convite para o “Falacão Figth 1” ser realizado em São Paulo capital ou em Mogi Mirim, no interior de SP.

Essa é a parte boa de saber que fizemos nosso trabalho e que tá todo mundo querendo voltar pro próximo. Como foi o primeiro, sabemos que temos que melhorar, já estamos reunindo pra programar a próxima edição.

Parceiros na luta, parceiros no amor. Yamaguchi e Juliana, há 10 são casados. / Foto: Divulgação.

8 – Yamaguchi Falcão, sua palavra final.

Eu quero agradecer a todos que apoiaram o “Falcão Figth 1”. Quero agradecer ao público que participou daquela noite, que encheu o lugar; ficou lindo demais! E em especial, agradecer a equipe Falcão Figth, a   todos que trabalharam. Eu só tenho a agradecer.

O “Falcão Figth” é uma família. Falcão Figth é um evento que é pro Brasil e pro mundo. E minha pretensão com esse evento é poder dar a oportunidade para o lutador capixaba, às vezes tem muitos atletas bons, mas não tem onde lutar, e meu foco disso tudo é fazer que atletas não paguem para lutar, esse é meu foco. Atleta pra mim é o cara do show. É o cara que vai fazer acontecer. Ele não pode pagar pra lutar e, hoje no Brasil, o atleta paga pra lutar, isso é muito triste. Então, eu quero tirar isso, o atleta que vier lutar em meu evento, ele irá receber pra lutar, porque é ele que vai dar o show.


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