A Educação Profissional é o modelo de aprendizagem com foco no desenvolvimento de competências e habilidades técnicas para suprir a demanda do mercado de trabalho.
Nesse modelo, são oferecidos cursos para trabalhadores jovens e adultos, independente de escolaridade, com o objetivo de qualificação e requalificação profissional.
A educação profissional no Brasil é uma das principais apostas para melhoria da competitividade da indústria brasileira. O investimento no ensino profissionalizante vai permitir a retomada do crescimento econômico do país de forma contínua, gerando melhores oportunidades de emprego e renda para jovens e adultos.
Os dados do Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para guiar a oferta de cursos, mostra que o Brasil vai precisar qualificar 10,5 milhões de trabalhadores nos níveis superior, técnico, qualificação profissional e aperfeiçoamento até 2023. As áreas de maior demanda serão metalmecânica, construção civil, logística e transporte.
Vantagens da Educação Profissional
As vantagens da Educação Profissional é a capacidade de oferecer, tanto, capital humano geral e o específico. As escolas técnicas fornecem capital humano geral, que pode ser utilizado em toda uma indústria.
O reconhecimento benéfico que há na Educação profissional é por facilitar a transição escola-trabalho, aumentar a produtividade dos trabalhadores e prover o mercado de trabalho com habilidades específicas.
Entretanto, após este estágio de vida, investimentos em capital humano geral contribuem mais para a empregabilidade do trabalhador. Em organizações em que predomina o conhecimento geral, tendem a ter maior rotatividade de mão-de-obra, pois seus empregados se defrontam com demanda no mercado de trabalho.
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Sistema de Educação Profissional entre países
Há países que diferem significativamente em seus sistemas de educação profissional, assim como na quantidade relativa de investimento em educação geral e educação profissional. Existem três categorias principais: escolas técnicas de educação profissional, programas formais de aprendizagem e o sistema dual.
A primeira, utiliza sistema educacional para fornecer habilidades práticas demandadas por ocupações específicas. Pode ser utilizado para aumentar produtividade de toda uma indústria, e não apenas de uma empresa em particular.
No programa formal de aprendizagem, o capital humano é adquirido principalmente no local de trabalho, com formação institucional, servindo meramente como complemento.
Já o sistema dual utiliza tanto escolas de formação técnica quanto empregadores para proporcionar formação profissional. O conhecimento é mais transferível do que nos programas de aprendizagem.
Formação de habilidades
Essa categoria é vista como caminho para criação de empregos, e com isso países realizam grandes investimentos em programas de formação de habilidades, tendo a seguinte visão comum: é que habilidades levam a criação de empregos, maior produtividade e aumento da renda nacional.
Sendo assim, deficiências nos sistemas de educação profissional são frequentemente apontadas como causa da falta de dinamismo de uma economia, o que leva países a investirem massivamente na formação de habilidades.
Entretanto, estudos de avaliação de impacto têm demonstrado diferentes resultados para educação profissional e, por outro lado, apontam para importância central de habilidades cognitivas e socioemocionais na garantia de empregos produtivos
Emprego como sujeito atuante na formação de habilidades
Relacionamento entre habilidades e emprego também pode se dar no caminho contrário. Pesquisas mostram que o próprio emprego molda atitudes sociais e habilidades, especialmente entre jovens.
O emprego facilita a transmissão e compartilhamento de conhecimento, visto que, funcionários interagem diariamente, e estimula desenvolvimento de habilidades ao colocar o trabalhador em contato com ambiente externo mais amplo e conjunto de influências.
Nesse ponto, o sistema dual é um exemplo de como o trabalho ajuda a educação na formação de habilidades. Combina aprendizado em sala de aula, que foca na formação de habilidades gerais que podem ser utilizadas em qualquer trabalho, e formação adquirida por meio de experiência de trabalho na empresa formadora.
Ensino Técnico
O Ensino técnico de nível médio tem sido relevante no contexto brasileiro, mas participação ainda é baixa quando comparada com outros países.
Apenas 4,8% dos alunos do ensino médio estavam matriculados no ensino técnico em 2007, número que subiu para 8,7% em 2015. Porém, participação ainda é baixa quando comparada a outros países latino americanos e países desenvolvidos.
Por exemplo, na Colômbia e México, o percentual de matrícula é de 28% e 38%, respectivamente, e média da OCDE é 40%.
Penso que a reforma do ensino médio levantou a possibilidade de tornar o ensino técnico uma alternativa ao ensino médio regular, em vez de permanecer como adicional à formação geral obrigatória, o que torna o ensino técnico mais viável e atrativo aos alunos.
Samuel J. Messias – *Mestre em Educação ( Florida University- USA) – *MBA em Estratégia Empresarial – *Especialista em Políticas Públicas – *Especialista em PNL – *Especialista em Empreendedorismo Circular – *Gerente de Projetos Especiais na ADERES – *Prof. Convidado na Florida University – USA.