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27 de julho de 2024

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Escolas públicas de Feu Rosa apoiam projetos sociais

EMEF Feu Rosa e EMEF Flor de Cactus constroem um ambiente de cidadania por meio de projetos de música, dança e esporte. / Foto: Divulgação.

Invista no Jornal Merkato! – Pix: 47.964.551/0001-39.


Duas instituições educacionais da rede pública, localizadas no bairro Feu Rosa – Serra, possibilitam uma educação para além dos muros da escola.

A EMEF Feu Rosa e EMEF Flor de Cactus desenvolvem uma prática de cidadania que atinge nota 10 na educação. Com o funcionamento de projetos sociais de música, dança e esporte em suas dependências institucionais, alunos e alunas, juntamente com a comunidade, têm desenvolvimento cognitivo, emocional, profissional, relacional e educacional formados e transformados.

E quem sabe muito bem dessas áreas psicopedagógicas, é o diretor da escola Feu Rosa, Tales Wellington Cunha Felix, 31. O diretor iniciou na prática educacional, em 2009, como professor substituto, no mesmo colégio em que atua em dias atuais como gestor escolar.

Com mandato a cumprir como diretor no triênio 2022 a 2024, Tales apoia três projetos sociais em sua instituição educacional: “Corpo Ativo, projeto de dança; o “Sons da Esperança”, projeto de música e o “Saltos do Amanhã”, de ginástica artística. Ambos os projetos já funcionavam em gestões anteriores.

Com a responsabilidade de gerir mais de 900 alunos, acompanhar os familiares destes estudantes, mais o cuidado dos profissionais da escola, segundo o diretor, em sua responsabilidade, estima-se 1.500 pessoas sendo atendidas de forma direta e indireta. E no meio dessa ‘vila educacional’ ainda abre espaço para receber tantas outras pessoas dos projetos sociais inseridos na escola. Tales comenta o benefício e satisfação dessa tarefa integral.

“Poder proporcionar a essas crianças e adolescentes uma experiência para além dos estudos, no caso do esporte, e da música para a formação cidadã… Essas ações sociais para as crianças são essenciais para a continuidade dos estudos… de uma vida futura digna. Esses projetos agregam muito na vida desses alunos. Que oportunidade que essa criança teria de conhecer a música, o esporte e a dança? Elas têm uma opção de futuro”, disse o diretor, que inclusive, estudou em uma escola pública de Feu Rosa quando criança e possui formação escolar completa em rede pública.

Outro gestor escolar que abraça a causa ação social versus educação é o Anderson Ferreira, 56. Graduado em Letras Português e pós-graduado em Psicopedagogia, o diretor, que está há oito anos à frente da escola Flor de Cactus, comenta o projeto social que funciona na sua gestão.

“Tem mais ou menos quatro anos que começamos com o projeto de judô do Instituto Tiago Camilo, em que atende nossos alunos e a comunidade. Em dezembro deste ano vamos inaugurar um galpão pra receber mais participantes. O Instituto entra com a parte profissional; um professor de educação física especializado em judô e com os kimonos, e a gente entra com a estrutura e outras questões. Hoje, nós temos em média de 400 alunos participantes (entre alunos e comunidade). Funciona todos os dias pela manhã e tarde, de segunda a sexta”, informou o diretor Anderson.

Educadores sociais

Para que os projetos sociais tenham eficácia nessas escolas, uma equipe de professores especializados trabalha em prol da educação e valorização na vida dos alunos. Na escola Feu Rosa, o projeto “Sons da Esperança”, idealizado e coordenado pela professora Glória Saloto, teve apoio de outros diretores em gestões passadas, no caso, o diretor Tales, continua a carregar o bastão nessa maratona social. O projeto atende 60 crianças e adolescentes no momento.

O projeto Sons da Esperança foi inaugurado em agosto de 2007 na EMEF Feu Rosa e oferta aulas de violão, de violino, de flauta doce, flauta transversal , violoncelo e coral. /  Foto: Barcelos. 

“Hoje é muito difícil manter um projeto social. Se for alugar uma dependência física é caríssimo! Então, essa oferta da estrutura física que as escolas colocam à disposição dos projetos é importantíssima! É uma porta de entrada para que os projetos funcionem”, disse a professora aposentada de Educação Física, Glória Saloto.

A coordenadora ainda completa em sua fala o apoio que o projeto vem recebendo da escola desde a sua fundação. “Tem sido importantíssimo! A fundação do projeto foi através da diretora Rosane, que abriu as portas. Depois, veio o outro diretor, o Renato, e deu continuidade. E agora com o Tales, o projeto avançou muito mais. É material para funcionar, o uso das instalações, ter as chaves para poder entrar no horário que for necessário. O apoio do diretor Tales, hoje, tem sido fundamental para o avanço do projeto”, enfatizou a professora, que há 16 anos realiza o projeto de musicalização na escola Feu Rosa.

À esquerda na foto, a ex-diretora Rosane Regina Soneguetti. No centro da foto, a professora Glória Saloto, e a sua direita, o atual diretor da escola Feu Rosa, Tales Wellington. Nesse dia, aconteceu a celebração dos 15 anos do projeto Sons da Esperança na quadra da instituição escolar, em 2022. / Foto: Barcelos.

Na mesma instituição educacional, em 2019, deu início o projeto de ginástica artística “Saltos do Amanhã”. A ação social esportiva atende, atualmente, 80 alunas. A professora de educação física, Andreza Quintela Reis Pires, 47, fala do objetivo que o projeto tem em proporcionar às alunas a prática de um esporte que as oportunizam a momentos de socialização, combate a ociosidade, a vivência da competitividade e, destaca a relevância do projeto e o apoio do diretor Tales.

“O projeto é de grande relevância para as famílias e comunidade, pois oferece a oportunidade de inserir as crianças e adolescentes em uma atividade extracurricular, que funciona na escola, com segurança e que proporciona grandes aprendizados através das aulas, competições e outros eventos que temos a chance de participar. O diretor Tales é uma pessoa importantíssima para que o projeto funcione, pois através da sua função e dedicação para com a escola, está sempre em busca de oferecer o melhor para os alunos e comunidade escolar, valorizando as propostas feitas pelos professores, em prol de ver o crescimento e desenvolvimento dos estudantes”, destacou Andreza.

Andreza Quintela exerce a docência em Educação Física na EMEF Feu Rosa.  A professora tem formação na UFES/ Foto: Divulgação.

Outro projeto importante que acontece na mesma instituição, o “Corpo Ativo”, da professora Nádia Silva Santos, promove desde 2016, saúde e bem estar através da dança para mulheres, na modalidade zumba. Segundo a professora, mais de 800 mulheres, de diversas faixas etárias, já passaram por esse projeto, incluindo alunas da escola Feu Rosa. Nádia, que têm planos para 2024, pretende continuar atender mulheres, porém em outra área.

“Vou encerrar esse ciclo e começar outro. O projeto finaliza em dezembro deste ano. Tô em uma transição de carreira. Vou atender essas mulheres na parte emocional. Tô migrando como terapeuta e especialista no universo emocional feminino. Depois de oito anos estou encerrando esse projeto. Foram elas que me inspiraram a estudar as emoções, são mulheres carentes e cheias de traumas e feridas emocionais.  Vindas de uma infância dura financeiramente, de lares violentos, muitas foram abusadas entre tantas outras coisas”, contou a professora que é graduada em Processos Gerenciais, pós-graduada em Dança, também exerce a profissão de psicanalista e terapeuta especialista em mulheres.

O projeto “Corpo Ativo” já atendeu mais de 800 mulheres na EMEF Feu Rosa. / Foto: Divulgação.

Outra instituição educacional que se destaca no bairro Feu Rosa é a escola Flor de Cactus. Um projeto social de judô realizado pelo Instituto Tiago Camilo estende o tatame para alunos e comunidade. Na ocasião, crianças e adolescentes na faixa etária de seis (06) a 16 anos, são atendidos nas dependências da escola. No momento, conta com 480 alunos diante da coordenação do professor especialista em judô Flávio Henrique Ribeiro de Paula, 30.

“O judô, enquanto prática esportiva, tradicionalmente promove valores éticos como honestidade, coragem, amizade e autocontrole. Esses valores são integrados ao ambiente educacional para fortalecer a formação moral dos estudantes”, disse o professor Flávio Henrique.

Desde 2019, a parceria escola e instituto ensinam disciplina e cidadania, uma formação integral para os alunos, como destaca o professor do projeto.

“O Instituto Tiago Camilo tem como objetivo oferecer uma abordagem integral na formação dos estudantes, indo além do aspecto esportivo. Entre os benefícios educacionais e de formação cidadã proporcionados pelo Instituto, destacam-se: Educação Integral, que envolve aspectos físicos, cognitivos, emocionais e sociais e desenvolvimento de habilidades sociais, ou seja, a prática do judô, sendo um esporte que enfatiza o respeito, disciplina e trabalho em equipe. Além de ensinar os valores éticos e morais”, discorreu o professor de judô.

“A EMEF Flor de Cactus iniciou o projeto de judô com cerda de 200 alunos, segundo informou o diretor Anderson Ferreira. / Foto: Divulgação.

Diretor: agente no projeto social

Nessa caminhada de ensino e aprendizagem, os gestores escolares têm papel fundamental para inserção de projetos sociais ou manutenção destes no ambiente escolar.

O diretor Tales enfatiza a compreensão de responsabilidade social sendo uma ideologia do gestor escolar em cumprimento à educação, e coloca em primeiro plano a: “Preocupação social. É entender que educação é mais do que ensinar a ler e escrever. Quando você tem uma preocupação social pra essas crianças faz uma diferença muito grande”, pontuou.

Já o diretor Anderson enfatiza o que um projeto social pode agregar no ambiente educacional e na formação de pessoas.

“Agrega na questão comportamental. Ajuda muito nossos alunos na disciplina, desenvolvimento em sala de aula… Os alunos têm ficado mais responsáveis nas atividades, também ajuda os participantes. Tudo isso tem surgido efeito na questão pedagógica do ensino aprendizado, até mesmo porque o projeto faz toda uma ligação… O projeto não é separado do pedagógico da escola… é acompanhado com e junto com o pedagógico da escola e, também por uma assistente social. E tem a própria cultura de paz aqui… Nossa escola tem um índice de violência quase zero”, narrou.

O campo educacional é um terreno de muito trabalho e desafios, o diretor Tales expressa sua opinião ao enfatizar a relevância de projetos sociais serem estabelecidos nas dependências de escolas públicas como meio de organização social.

” Hoje, escola e projeto social caminham juntos, porque a sociedade não dá conta… O Estado não dá conta de trazer para as pessoas as necessidades que elas têm. A escola se torna um espaço potencializador para a vida das pessoas. Esses projetos quando acontecem nas escolas eles são um grito da sociedade para ter acesso às necessidades mais básicas: lazer, educação, trabalho. Então essas ações sociais é um grito da sociedade de se auto-organizar para continuar existindo e reexistindo dentro de uma sociedade”, opinou o diretor, que é formado em Geografia, Pedagogia e Me. em Educação.

O diretor Anderson Ferreira, 56, possui formação em Letras Português, Psicopedagogia e Gestão. Trabalha na área da educação há 27 anos, sendo 14 na função de diretor; são oito anos na diretoria da escola Flor de Cactus. / Foto: Divulgação.

Entre tantos agentes educacionais envolvidos nos projetos sociais, a habilidade de um diretor escolar, ao apoiar um projeto social, dentro de sua gestão, traz muitos desafios, o diretor Anderson explica como faz em seu dia a dia de trabalho.

“Tem que saber ser gestor, tem que saber articular, saber conversar, ter jogo de cintura… tanto com a comunidade, quanto com os profissionais da escola… Saber da importância do projeto, do desenvolvimento da criança e paralelo com a educação. Tem que saber fazer esse jogo, esse trâmite de acompanhamento, de estar junto, tanto com o projeto, com o pedagógico da escola e comunidade”, reiterou.


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