Invista no Jornal Merkato! – Pix: 47.964.551/0001-39.
Por Jefferson Tiradentes – Escritor.
As máquinas de costura não fazem as costuras
As mãos sofridas das costureiras as fazem.
O cuidado com o que ainda não virou vestimenta
a agulha entra e sai com a linha que fura o pano, sedenta…
A lida de todo dia com o pano: o veludo, a seda, o chitão
O molde tem que estar acertado na mesa, tem que acertar o padrão.
Às vezes trabalha apenas com a lamparina acesa
Para a peça sair com clareza, tomando um jeito de corpo, de roupa de realeza.
Um dia de costura consome muito suor
Um filho querendo almoço, outro grudado no peito, um arroz que acaba sem sal.
Parece não haver jeito, de acabar a costura
Um dedo doído, furado… Que foi, esqueceu o dedal?
Durante a batalha do dia, não pode estragar o pano
Corta tecido, mede com a fita, mostra para fulano
Sicrano já foi em bora com a cara amarrada, tem que mudar o modelo.
A professora do curso, as ensinou a lição: Costurem sempre com zelo!
E no fim do dia acabado, dá um sorriso dobrado
Ao ver a menina sorrindo feliz, toda linda, com o vestido que fiz!
*O texto é de livre pensamento do colunista*