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Entrevista / Músico
Entre os dias 9 a 12 de maio, o município de João Neiva realizará a Festa da Cidade. O Merkato, até a véspera do evento, publicará entrevistas dos artistas que irão se apresentar nessa celebração dos 36 anos de emancipação do município.
Entre as atrações confirmadas está Júlio César e Seus Teclados. O jovem, de 37 anos, é natural de São Gabriel da Palha; descendente de pomerano; profissional em fabricação de instrumentos musicais, conhecido como luthier; também é artesão e músico. Menino talentoso, hein!
Conheça, agora, um pouquinho da história desse músico capixaba, que pela segunda edição, vai agitar a Festa da Cidade em João Neiva. Se você gosta de dançar o vanerão e o xote, reserve em sua agenda a data dessa festa e venha curtir o som de Júlio César e Seus Teclados, com músicas autorais e releituras de músicas nacionais.
1 – Júlio César, me conte as suas primeiras experiências com a música e o primeiro instrumento que começou a tocar.
Iniciei na música aos 11 anos de idade, com o professor Bené, tecladista da Banda Agitos.
Meu pai, ao ver que eu gostava de música e que admirava ver outros músicos tocando instrumentos, me presenteou com um teclado. Ao todo, foram nove aulas de teclado que pratiquei e, depois fui aprendendo a tirar músicas de ouvido, escutando fitas de áudio, com os sucessos da época como: Trio Parada Dura, Zezé de Camargo e Luciano e músicos regionais, como por exemplo: Garganta de Ouro e Adriano e Seus Teclados.
2 – Como foi seu ingresso na música profissional?
Entrei na Banda Sem Mistérios, onde tinha músicos com muita carreira de palco e, assim, foi onde a música começou a ficar mais séria e profissional… Fiz muitos shows em final de semana, em cidades da nossa região e até fora do Estado.
Fazíamos esses shows, na maioria das vezes, em trio: eu, Luiz Monteiro e Damião. Foram mais de cinco anos, chegando a ter destaque em abertura de shows nacionais da época.
Porém, devido os músicos, à época, terem que arrumar emprego de carteira assinada, por ser uma dificuldade em manter nossas contas apenas com shows, a Banda Sem Mistérios teve término.
Depois veio a Banda Forrozão Ligeiro. Eu tocava teclado, o Lindomar e o Elton, no vocal. Posteriormente, passaram outros cantores como o Dayvison e o Fernando. Fizemos vários shows, inclusive, fora do estado e gravamos um CD com músicas autorais. À época, a inspiração da banda era sucessos do Mastruz com Leite, Magníficos e Trio Chapahalls.
Essa banda começa a dividir e, assim, por um período, cheguei a pensar em desistir da música. Porém, alguns amigos produtores de eventos e casa de shows da região deram incentivo tais como: Vitor Borlini Florest Club, Maria Club RDC, de Aracruz, amigos de Ribeirão, como Ratinho e família Bofi, Gato Babilônia, DR Produções e outros produtores e, inclusive, a minha família e meu pai, que sempre me incentivou.
3 – Me conte o início da carreira solo: Júlio César e Seus Teclados.
Eu era muito fã dos shows do Adriano e Seus Teclados. Buscava levar um show parecido com o do artista, que é minha inspiração.
Porém, ao longo dos anos, percebi que tinha que fazer diferente, mas sem perder a essência do forró capixaba, que acredito ter uma autenticidade.
Em 2016, começo o projeto do primeiro CD, em parceria com um amigo e produtor musical, o Marcos de Oliveira “Doremix”, um dos responsáveis do maior canal de remix brasileiro: Vesgo Beats.
Em 2017, lanço meu primeiro CD com músicas autorais: “Partiu para Lagoa”, “Sanfoneiro Manda Brasa”, “O Bicho Vai Pegar” e “Alô Mulherada”.
A partir daí, os trabalhos começam a ser de nível mais profissional e busco atingir um sucesso nacional.
4 – Como surgiu o seu nome artístico?
Quando comecei a tocar tinha vários tecladistas usando seus próprios nomes. Frank Aguiar, Adriano e Seus Teclados, Deda e Seus Teclados, Fabrício e Seus Teclados, então veio, assim, a inspiração de colocar meu nome e acrescentar o instrumento que toco.
5 – Júlio César, você já tocou no estado da Bahia e Minas Gerais. Quando você fala que o forró capixaba tem uma musicalidade diferente, o que exatamente gostaria de pontuar?
O Forró capixaba tem um swing diferente de outros estados. Os artistas e programadores de teclados são criteriosos ao programar os ritmos. Temos um ritmo de xote diferente, um vanerão 2 em 1, que quando você ver o público dançando acaba sendo diferente essa dança, devido ao ritmo que os artista tocam, aqui, no Espírito Santo.
6 – É a primeira vez que vai tocar na Festa de João Neiva? E que outras festas você já participou como artista?
Já fiz várias apresentações em João Neiva, em Rodeios, Agrofestas, festas de emancipação política, entre outras. Porém, ano passado, investi em uma apresentação diferente: levei ao palco, pela primeira vez, dançarinos e músicas inéditas. Isso fez com que o show ficasse com uma energia diferente para o público.
7 – Falando de grandes festas… Qual o comportamento que o músico deve ter ao se apresentar em eventos de grande público?
Ao meu ver, quando um músico vai tocar em uma festa de grande público, ele deve aproveitar a oportunidade de mostrar tudo aquilo que pode fazer. E tocar suas músicas autorais, para mostrar seu potencial artístico. Eu busco fazer um show diferente dos outros artista que irão tocar na mesma noite que eu.
8 – Além de cantor e instrumentista, ainda há espaço para compor. Quais são suas inspirações na música e, também cite algum projeto seu para o futuro?
Hoje, gosto de escutar todo tipo de música, não somente para me aprimorar, mas para ter inspiração para novas músicas. E, em relação a projetos futuros, quero fazer alguns clipes e lançar músicas novas.
9 – O que esperar do Júlio César e Seus Teclados na Festa de João Neiva?
O público pode esperar um show diferente, com alegria e aquela energia alienígena (risos). Além do meu teclado e voz, a banda é formada com Ricardo Gomes, guitarra; técnica e apoio, com André Gomes e o produtor e tecladista, Marcos Oliveira.
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