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Esporte/Finais
Por: Redação
Este sábado (05) foi dia de muitos saques, defesas, pontos e bastante vibração da parte dos atletas que disputam a 2ª etapa do Campeonato Brasileiro Interclubes de Vôlei de Praia sub-21(CBI). Ao todo, 16 jogos das oitavas de final, sendo 8 do masculino e 8 do feminino, foram realizados nas areias do Clube AEST, em Manguinhos, Serra. Neste domingo (06), os jogos das quartas, semi e final serão disputados das 8h às 15h, com entrada gratuita, aberto ao público em geral.
Destaque para a dupla da AEST, Julhia e Ana Beatriz. A capixaba Julhia e a sul-mato-grossense Bia venceram por 2 sets a 1, a dupla Suzi e Julia, atletas do Praia Clube, de Uberlândia. Em partida emocionante, as meninas da AEST saíram na frente com 21 a 16 no primeiro set. Já no segundo set, a dupla caiu de rendimento. E a turma do Praia não tomou conhecimento jogando na casa das adversárias: parcial de 21/10, forçando o jogo para o tie-break.
A dupla da AEST começou controlando o terceiro set, mas depois tomou virada. Com força e técnica, Julhia e Bia passaram à frente no placar, e a partida ficou naquela tensão. Os saques de Ana Beatriz começaram a entrar, os ataques de Julhia aconteceram com mais precisão, mas ainda assim, a parte emocional pesou. A dupla do Praia chegou a atingir 14 a 13 na partida, só faltava um ponto para desclassificar uma das duplas favoritas ao título do CBI, e ainda jogando na casa das adversárias.
Foi nessa hora que entrou os conselhos do técnico Ary, chamando as meninas para a concentração e agressividade no ataque. Um jogo em que se exigiu da dupla da AEST muito foco, as atletas mostraram porque são destaque no sub 21, viraram a partida para 16 a 14, garantindo a vaga nas quartas de final. Apesar da vitória, o técnico Ary Pereira chamou atenção para a parte emocional das jogadoras.
“Eu falei pra você em uma entrevista anterior que, o feminino é uma questão mais emocional. Você vê que é um time que pode muito, mas cobra muito de si mesmo, fica tão preocupado de querer o resultado que não se preocupa em como segui-lo. Primeira coisa é se manter calmo. Quem perde a cabeça primeiro, perde o jogo. Não é porque o jogo tá difícil que você vai se deixar levar por sentimentos. Quer ser um grande atleta? Comece pelo seu emocional, senão ninguém joga”, disse com firmeza.
A atleta Ana Beatriz pontuou sobre os desafios que enfrentou durante a partida. “Eu acho importante um jogo com tie-break, porque um time se forma na derrota, na vitória também. Mas eu acho que na derrota do 2º set a gente ficou mais forte, uma ajudou a outra. E a gente conseguiu tirar bom proveito no tie-break, então foi um jogo importante no campeonato, não tínhamos perdido nenhum set, eu acho importante essa vivência de perder um set pra saber administrar”, enfatizou a jogadora de 16 anos.
Sua parceira de quadra também falou com a reportagem. “O jogo se tornou mais difícil por causa dos nossos erros, do que propriamente as jogadas delas. Foi um time que a gente já tinha ganhado na fase de grupos… A gente poderia ter tomado outras atitudes, ter tido um side-out melhor, como ele não funcionou, o resto não fluiu tão bem, mas eu fiquei feliz que do meio para o final a gente conseguiu recuperar nosso side-out”, disse Julhia.
Outras duplas femininas favoritas para o título
A dupla Clara e Raissa, ambas paraibanas, mas que jogam pelo Praia Clube, de Uberlândia-MG, derrotaram com parciais de 21/18 e 21/11, as capixabas Lauana e Ana Paula, que treinam pelo Associação de Vôlei Camboriú-SC.
“A gente começou as oitavas um pouco nervosa, é nosso segundo jogo aqui em Serra… A falta de ritmo, um pouco de frio, comparado ao calor de João Pessoa. No decorrer da partida fomos impondo nosso jogo e tô feliz com o resultado’, disse Clara.
E, sobre o favoritismo, a atleta respondeu. “A gente vem para os campeonatos sem trazer esse favoritismo. Se a gente cruzar na final com a dupla da AEST vai ter uma torcida muito grande pra elas, e a torcida é um terceiro jogador dentro de quadra, ainda mais para o vôlei de praia, e tem outra dupla a Cassiane e Carol, finalistas do último CBI, tem muitas duplas e viemos focadas para fazer cada jogo um jogo disse Clara, 19 anos, que já disputou mais de oito CBIs.
As meninas do Praia venceram a dupla Julhia e Ana Beatriz este ano no Campeonato Brasileiro de Seleções (CBS). A dupla paraibana, que joga juntas há cinco anos, só podem enfrentar a dupla da AEST na final, de acordo com o cruzamento da tabela.
Outra dupla que se destaca neste CBI são as cariocas do Tijuca Tênis Clube (RJ), Maria Clara e Ana Rita. Com parciais de 21/17 e 21/18, derrotaram a dupla Sarah e Samira, do SADA (Betim-MG). As atletas esbanjaram fôlego, preparo físico e preparo mental durante a partida. Caso vençam a partida das quartas de final, a dupla pode fazer cruzamento na semi com a dupla Julhia e Ana Beatriz.
“Treinamos na areia, com bola todo dia, academia todo dia, fisioterapia pra manter os músculos fortes, comer bem, dormir bem, então é todo um conjunto de pequenos detalhes que a gente tem que fazer bem no dia a dia. Quero parabenizar minha parceira que me apoiou durante a partida e vamos pra cima”, disse Maria Clara.
Vôlei masculino
O naipe masculino do Campeonato Brasileiro Interclubes de Vôlei de Praia sub-21(CBI) está dando o que falar, não só pela qualidade dos atletas, mas pelo comportamento extravagante de um jogador que rouba a cena quando entra em quadra: Arthuzão, da dupla Leonardo e Arthur.
O atleta Arthuzão, a cada ponto que marca, é pura energia e adrenalina. Os gritos, acompanhados por uma intensa vibração, se tornaram o momento clímax do campeonato. A dupla da Associação Desportiva Centro Olímpico (SP) venceu com parciais de 23/21 e 21/11 a dupla Patrick e José, de Maringá-PR.
“A nossa identidade vem de tanto que a gente rala pra poder estar aqui. A gente tem estatura baixa, viemos de história difícil, não temos a melhor estrutura, então a gente trabalha pra caramba. Então se entro em quadra, tenho que entrar com o coração, corpo e alma juntos e deixar na quadra”, disse o atleta Arthuzão, 20 anos, começou aos 16 a praticar o vôlei de praia.
A dupla tem se destacado nos jogos do campeonato, e pra quem entende das regras e disciplinas do vôlei de praia sabe que os paulistas se tornaram um dos favoritos ao título. “A gente não deixa subir a cabeça. A gente sempre foi dois moleques que sempre lutou pra ter essa oportunidade, então a gente mostra nosso trabalho e não vamos deixar isso subir a nossa cabeça” disse Leonardo, 20 anos, que joga vôlei desde os 14.
O treinador Carneiro, junto com sua coordenadora Déborah também comentou os resultados e destacou a qualidade da dupla. “O alto astral… a gente tem visto aí… Uma coisa que a gente não pode deixar de falar é que esses meninos não se deixam se abalar com qualquer coisa. Claro, o voleibol é mais importante, eles são exímios no esporte, mas esse alto astral ajuda ainda mais no jogo”, disse o treinador.
E encerrando os destaques da rodada, o Praia Clube – Uberlândia, também se apresenta bem no masculino. O atleta Dudu, de João Pessoa-PB, que representa o clube mineiro, já foi campeão do CBI sub19. Com experiência, a dupla do jogador vem forte para disputar o título. “A gente tá treinando pra isso, pra fazer valer a dedicação dos treinos e vamos em busca”, disse.
Com parciais de 23/21 e 21/18, Dudu e Gabriel derrotaram a dupla Igor e Julinho do Botafogo (RJ).
Campeonato
O Campeonato Brasileiro Interclubes (CBI) conta com cerca de 17 clubes da categoria feminina, com 23 duplas e 17 técnicos, além de 20 clubes da categoria masculina, com 26 duplas e 17 técnicos.
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