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A pré-história do cinema

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A pré-história do cinema

(Imagem: Google)

Colabore com essa informação! Pix47.964.551/0001-39.


Coluna Letrados
Por: Giovandre SilvateceRoteirista

Olá, leitor(a) da coluna Letrados! Conforme havia comentado no meu artigo “A propagação do carnaval através do samba e do cinema”, neste ano de 2025, o Cinema completa 130 anos, contados a partir da primeira exibição pública que ocorreu no Salão Grand Café, em Paris, no dia 28 de dezembro de 1895.

Na realidade, houve uma exibição para um público restrito alguns meses antes, no dia 22 de março de 1895, também em Paris, onde foi apresentado um único filme chamado “Trabalhadores Saindo da Fábrica”, sendo que ambas as apresentações foram realizadas pelos irmãos Lumière (Auguste Marie e Louis Nicolas Lumiére), utilizando-se do cinematógrafo.

O cinematógrafo permitia projetar imagens em uma tela para um grande público, ao contrário do cinetoscópio, inventado por Thomas Edison e desenvolvido pelo funcionário de sua empresa, William K. L. Dickson, cujos filmes nele projetados só poderiam ser vistos por uma pessoa de cada vez através de algo similar a um olho mágico, não sendo possível, assim, a sua exibição ao público.

Vale registrar que o cinematógrafo foi idealizado por León Buly, que, por falta de recursos, não pode desenvolver a sua ideia, assim, os irmãos Lumiére utilizaram-se das técnicas implementadas por Buly e as adicionaram aos resultados de seus experimentos. Tais experimentos consistiam na tentativa de aperfeiçoar o cinetoscópio de Edison e Dickson, portanto, o cinematógrafo utilizado nas primeiras filmagens foi resultado dos estudos realizados pelos irmãos Lumiére, ainda que tendo como ponto de partida técnicas originalmente desenvolvidas por outrem.

Mas…. Se existiam os filmes de Edison antes das apresentações dos irmãos Lumière em 1895 (há um teste de câmera realizado por Edison datado de 1891), por que o marco da invenção do cinema se deu em dezembro daquele ano?

Para responder a essa pergunta, é necessário extrairmos o conceito de cinema.

O que é cinema?  

O cinema, cujo termo é a abreviação do cinematógrafo inventado pelos irmãos Lumière, é comumente entendido como a arte de produzir e exibir filmes, combinando imagens em movimento, sons e recursos técnicos para contar histórias, transmitir ideias e emoções. Contudo, entendo que as imagens não estão em movimento. Na realidade, as imagens se apresentam estáticas, conhecidas como fotogramas, as quais são alinhadas e projetadas numa velocidade suficientemente rápida para que o espectador tenha a impressão de que aquilo que está sendo mostrado encontra-se em movimento.

Essa percepção de movimento invalida todos os filmes realizados antes de 1887 no sentido de não enxergarmos neles representações fiéis ao conceito de Cinema, como no filme “Cavalo em Movimento” (Horse in Motion, 1874), de Muybridge, em que vemos várias fotos de um jóquei sobre o seu cavalo reproduzidas de forma cronológica com a intenção de se ter a impressão de movimento, o que não ocorre de forma plena, pois entendemos que há o deslocamento em face do caminhar do cavalo, porém percebemos tratar-se de fotos dispostas de forma sequencial, não obtendo a real percepção de movimento.

Outro ponto a ser observado no conceito de cinema apresentado, é que o som só foi incorporado ao cinema a partir de 1927, em primeira mão no filme “O Cantor de Jazz”, sendo que antes disso já havia sido lançados inúmeros filmes (os chamados filmes mudos), inclusive clássicos como “Metrópolis”, de 1925, e “O Rei dos Reis”, de 1927, dentre muitos outros, além dos filmes de Chaplin que obtiveram grandioso sucesso perante o público e que se eternizaram através do cinema.

Temos, então, que o cinema é a arte de produzir e exibir filmes, combinando imagens estáticas que são reproduzidas sequencialmente no intuito de dar a impressão de que aquilo que está sendo mostrado encontra-se em movimento.

Cabe registrar que o cinema também pode ser entendido como o espaço físico onde são reproduzidos os filmes, como também pode se referir à indústria cinematográfica.

Os primeiros filmes

Conforme mencionei, antes da apresentação dos primeiros filmes dos irmãos Lumiére, já existiam, desde 1891, os filmes produzidos pela empresa de Thomas Edison, a Edison Manufacturing Company, mas que só poderiam ser assistidos de forma individual.

Ocorre que, mesmo antes dos primeiros filmes produzidos pela empresa de Edison, já existia a película “Roundhay Garden Scene”, um curta-metragem mudo de aproximadamente dois segundos, filmado por Louis Le Prince no dia 14 de outubro de 1888, conhecido como o filme mais antigo no mundo. Para a filmagem, Le Prince utilizou uma câmera de lente única com uma película de papel Eastman Kodak, além de um projetor de câmera, para a realização desse filme.

O filme mostra o filho, o sogro, e a sogra de Louis Le Prince, além de uma moça chamada Harriet Hartley, caminhando em um jardim. É uma bela cena, que talvez por isso tenha ofuscado aquele que deveria ser considerado o primeiro filme, também de Le Prince, chamado “Man Walking Around a Corner”, filmado em agosto de 1887, pois também nesse filme temos a percepção de movimento, embora alguns considerem tratar-se apenas de uma sequência de quadros de um homem caminhando.

Quem foi Louis Le Prince?

Louis Aimé Augustin Le Prince (1842 – 1897) foi um artista francês e inventor de uma das primeiras câmeras cinematográficas, sendo a primeira pessoa a filmar uma sequência de imagens em movimento e considerado por muitos o “Pai da Cinematografia”, pois, enquanto Edison, Friese-Green e uma série de outros pioneiros estavam procurando inventar um sistema de cinema bem-sucedido, Le Prince já havia conseguido.

Em que pese o êxito de Le Prince ao produzir as primeiras filmagens, ele nunca realizou uma demonstração pública, embora haja rumores que ele intencionava em fazê-la, não sendo possível, entretanto, confirmar tal alegação, tendo em vista que no dia 16 de agosto de 1890, após pegar um trem na estação de Dijon com destino a Paris, Le Prince nunca mais foi visto, tendo sido declarado morto em 1897.

O desaparecimento de Le Prince gerou diversas teorias, como suicídio em face das dívidas acumuladas; desaparecimento voluntário pelo mesmo motivo; afogamento, após a polícia francesa, em 2003, encontrar em seus arquivos uma foto de um homem, semelhante a Le Prince, retirado sem vida do rio Sena em 1890; assassinato, tendo como principal suspeito Thomas Edison, visto que, antes do seu desaparecimento, Le Prince estava prestes a patentear a sua invenção, sendo que posteriormente Edison demonstrou seu interesse em ser reconhecido como o primeiro e único inventor da cinematografia, chegando a mover um processo judicial contra a Biograph Company com tal propósito, mas vale registrar que os atuais descendentes de Le Prince não acreditam nessa hipótese.

Durante um longo período, o grande feito de Le Prince caiu em esquecimento, em parte pelo seu desaparecimento repentino, como também por ele nunca ter conseguido apresentar a sua obra à comunidade científica e ao público em geral, tendo adquirido o justo reconhecimento décadas após ter sido considerado morto.

A invenção do Cinema

Muitos eventos e situações envolvendo os percursores do cinema ocorreram antes da primeira exibição de um filme ao público em geral, como a criação e o uso das diversas técnicas de filmagem, experimentos, sucessos e insucessos, dificuldades financeiras, desaparecimento e supostas intrigas, sendo que, a partir desse turbilhão de acontecimentos, surge a sétima arte. Assim, em face de suas preciosas contribuições, os pioneiros do Cinema merecem o nosso reconhecimento e admiração.

A despeito dos filmes que transmitiam o aspecto de movimento das imagens de forma satisfatória, o fato é que não é possível conceber a existência do cinema sem o seu público, sem nós.

Nesse sentido, considerando que foi a partir do cinematógrafo desenvolvido pelos irmãos Lumière que foi possível apresentar um filme ao público em geral, portanto, nada mais justo considerar o dia da primeira exibição de um filme como o marco da invenção do cinema.

*O texto é de livre pensamento do colunista*


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Giovandre Silvatece – *Reside em Vitória/ES *Roteirista *Servidor Público. / (Imagem: Divulgação)

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