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Por José Salucci – Diretor do Jornal Merkato.
Os atos de vandalismo no 8 de janeiro, juntamente com seus desdobramentos com manobras políticas, deixam uma pergunta no ar: Que país é este? A coluna Polítikus, de hoje, opina e rebobina. Leia todo o texto. Se discordar de mim, por favor, não vá me xingar nas redes sociais. Afinal de contas, o 8 de janeiro é a morte da democracia da esquerda e da direita.
“Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação”.
O trecho da música “Que país é este?”, da banda Legião Urbana, é uma literatura musical do rock brasileiro atualíssima no cenário político dos tupiniquins. Lançada em 1987, com a voz marcante de Renato Russo, o Brasil continua sendo indagado com a pergunta: Que país é este?
O fatídico 8 de janeiro completa um ano de atos de vandalismo aos prédios dos Três Poderes, em Brasília. A esquerda afirma que foi uma tentativa de golpe de Estado, porém a direita declara que o ocorrido se classifica como atos de vandalismo.
O jurista Ives Granda Martins sustenta que a execução de golpe seria impossível à época. Segundo o conceituado jurista, não havia apoio institucional, nem manifestantes armados. Essa tese é defendida pela turma da direita, salientando que para haver um golpe de Estado ou tentativa, as pessoas (manifestantes) precisam de estarem armados, porque não se toma poder com uma bíblia na mão, com um terço na mão, com pedras, paus e falta de juízo. Além do exército de idosos, o último arsenal da geração. E ainda tem o massacre que a grande mídia produz em seu discurso em denominar o ato de 8 de janeiro como TERROSISMO. Não houve morte na ocasião, é só olhar pra Israel e Hamas que fica claro o que é terrorismo, mas nada disso anula a morte da democracia nessa data que faz parte do calendário histórico de fracasso da política brasileira.
Em contrapartida, o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros do governo e figuras políticas ligados à esquerda afirmam que houve tentativa de golpe de Estado.
Hoje (08), em Brasília, acontece, nesta tarde, o evento “Democracia Inabalada”. Para esta ocasião, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que tinha confirmado presença no evento, desistiu de participar da agenda promovida pelos chefes dos Três Poderes, após receber duras críticas de políticos conservadores e influenciadores de direita.
Conforme reportagem do jornal Gazeta do Povo, Maurício Marcon (Podemos-RS) criticou o governador. “Zema erra em participar do teatro que acontecerá, hoje, em Brasília, um erro político enorme e indefensável. Dezenas, se não centenas de pessoas foram ou estão presas ou sofrendo perseguições injustas em decorrência do 08/01, uma, inclusive, morreu na cadeia pelo descaso de Alexandre de Moraes. Espero que o excelente governador reveja sua participação”, disse o parlamentar em sua rede social.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também não participa do evento desta tarde, que teve início às 15 horas. O parlamentar alegou questões de saúde no meio familiar.
A lista de parlamentares, que não compareceram à programação do 08/01, aumenta com a ausência de oito governadores. Destaque para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), do Paraná.
O 8 de janeiro foi um terrível ato antidemocrático, mas não houve tentativa de golpe de Estado. Sustentar essa tese enfraquece o sentido de ‘Golpe de Estado’. É real que uma explosão de ignorância, vandalismo, perda de propósito político, invasão, incitação ao crime, associação criminosa e crime contra patrimônio público são axiomas naquela tarde de domingo. E, claro, a revolta com o resultado da eleição presidencial.
Eu aceito o resultado das urnas, elas não mentem. Porém, nos homens que regem o STF, não acredito. Esses mentem. Não acredito em uma configuração democrática, a qual no campo da realidade mental seja uma falácia. Essa democracia é uma suposição de verdade. Uma tamanha manobra e pirotecnia política antidemocrática para anular três instâncias judiciais, em que se gastou muito dinheiro com a operação Lava Jato, e depois de um tempo dizer que todos os julgamentos feitos pelo próprio STF, o guardião da democracia; agora está tudo errado?
Reitero, eu aceito o resultado das urnas, mas não aceito a anulação dos processos judiciais para um corinthiano voltar a trabalhar, afinal de contas, eu sou vascaíno, nunca fui íntimo dessa turma que compra juiz em 2005 para manipular jogos do Campeonato Brasileiro e sair campeão. Salve o Internacional! Coincidência ou não, o corinthiano voltou a comprar juízes para a manipulação de “tabelas de campeonatos”.
O fatídico 8 de janeiro deixa a pergunta: “Que país é este?”
*O texto é de livre pensamento do colunista*
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