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Coluna Letrados / Conhecimento
Por Sueli Valiato e Samuel J. Messias – Educadores
Assim que semente germina, uma árvore nasce e nela começam a crescer ramos, folhas, flores, frutos e novas sementes. Mas, apesar de nutrir e dar-lhes sustentação até que cumpram o ciclo delas, a árvore não as prende em si, nem se torna dona delas.
É certo que, se uma árvore tomasse para si as suas primeiras folhas, não permitisse que elas se despendessem dela, jamais cresceria, talvez não passasse de um simplório arbusto, com algumas dezenas de folhas. Não teria visto a cor, nem teria sentido o perfume de suas flores. Tampouco teria conhecido os seus frutos. Logo, não garantiria a propagação de sua espécie nem marcaria seu espaço no Universo.
A árvore cresce porque se despoja de suas folhas a cada inverno para que a primavera lhe cubra de flores coloridas. E as flores é a resposta da natureza a sua nobre atitude. E, em cada flor caída nasce um fruto, do qual originará as sementes. Assim… Ano após ano, a árvore torna-se mais frondosa e robusta.
Quanto mais a árvore se transforma, mais cresce… Tanto mais recebe… O solo onde se finca fica mais enriquecido de tudo que se desprende dela e com os dejetos produzidos pelos animais que ela abriga em seus galhos e sombra. Quanto mais ela compartilha sua existência e experiências, mais sua espécie se propaga.
Há um elemento que se faz necessário acrescentar a essa metáfora: não é um mero acaso, que etimologicamente a palavra árvore, derivada do latim antigo arbos e cognada com arduus, significa elevadamente, elevado de forma bem alta, levantar, elevar… Já que, por meio do conhecimento podemos nos elevar, saímos do senso comum, ampliamos nossa visão acerca do que nos circunda e do alto que vemos mais longe!
E assim, com seu ciclo de vida, a árvore nos ensina que é preciso desprender-nos dos conhecimentos que produzimos para aproximar-nos do que não conhecemos e, é compartilhando os saberes que produzimos, que teremos mais do que oferecemos… Eis aí, o segredo do conhecimento!
*O texto é de livre pensamento dos colunistas*