AEST vence a 2ª etapa do CBI feminino de vôlei de praia

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Esporte/Vôlei de Praia
Por: Redação

A dupla da AEST, Julhia e Ana Beatriz, venceram a 2ª etapa do Campeonato Brasileiro Interclubes de Vôlei de Praia sub-21(CBI). Nesse domingo (06), foram realizados nas areias do Clube AEST, em Manguinhos, Serra, os jogos das quartas, semi e final.

A 1ª etapa do CBI, naipes masculino e feminino, aconteceu no Praia Clube, em Uberlândi-MG. Somando a pontuação do circuito, a dupla Clara e Raissa, ambas paraibanas, que jogam pelo clube mineiro, foram as campeãs do CBI sub-21. A dupla enfrentou, na final desse domingo, as meninas do Clube AEST, em uma partida disputadíssima, com parciais de 22/20 Praia Clube, 21/15 AEST, e no tie-break, o time capixaba fechou com 15/11.

A atleta Ana Beatriz, de apenas 16 anos, se destacou na partida com ataques precisos no fundo da quadra e praticou defesas importantes, mantendo o AEST ligado no jogo. A jogadora comentou a importância de ganhar a 2ª etapa, e, também o terceiro lugar na classificação geral.

“Eu me senti bem o jogo inteiro, tivemos uma boa comunicação entre nós duas e com a Joelma, nossa auxiliar técnica. Ganhar o sub-21 é muito importante pra mim, que sou sub-17 ainda, então o campeonato sub 21 é fora da curva, e saber que estou no nível das meninas, é muito gratificante”, disse a atleta, que é sul-mato-grossense.

Do lado da Julhia, o destaque na partida foram as viradas de bolas de primeira e segunda, e nessa leitura de jogo, a pontuação foi crescente para o AEST, que surpreendeu o Praia Clube.

“Eu sou uma jogadora que tem a característica de fazer muita bola de primeira e de segunda, desde que eu comecei a jogar. E, a Bia tem um passe muito bom, ela já facilita para que isso aconteça. Eu achei que entre todos os campeonatos, eu senti que esse foi o que a gente ficou mais conectadas, que, realmente, senti que ela estava me escutando, eu senti que a gente estava muito unida e isso foi super importante para a conquista”, disse.

Motivação

Com a ausência do técnico Ary Pereira na semi e na final, quem assumiu o comando foi a auxiliadora técnica Joelma Perandre, mãe da atleta Julhia. Além da motivação materna, a experiência de ter sido jogadora de vôlei falou mais alto na partida; Joelma comentou.

“Primeira coisa é que, nós somos uma equipe: eu sou a técnica e elas as jogadoras. A tomada de decisão é delas. Elas estão sentindo o jogo, eu estou vendo de fora, para orientar e passar a tranquilidade pra elas executarem as jogadas.  Julhia dominou o jogo, ela ditava as regras e a gente seguia; o plano A é dela, o plano B é meu. O dela deu certo, deixei ela confortável. E sobre ser mãe, eu não pensei nela como filha e, sim como atleta, isso foi a diferença”, disse a treinadora.

Dupla campeã

A dupla Clara e Raissa, que jogam pelo Praia Clube, de Uberlândia-MG, foram as vencedoras da 1ª etapa do CBI. Por terem subido ao pódio como vice-campeãs nesta 2ª etapa, as paraibanas, na somatória geral dos pontos, venceram o circuito.

“Só tenho a agradecer ao Praia pelo suporte, com certeza a gente queria sair no lugar mais alto no pódio, e a gente sabe que cada jogo das meninas do AEST é um jogo trincado, decidido nos detalhes”, disse a jogadora Clara, 19 anos, que se destacou na partida no setor defensivo.

Sua parceira Raissa, também comentou. “O primeiro set começou pegado, aí conseguimos fazer no final 22/20. No segundo set, elas sacaram bem, a gente teve um pouquinho de dificuldade no side-out. Jogo contra o AEST é sempre difícil e vão ter outras etapas, vamos treinar muito e para ir pros próximos torneios”, disse Raíssa, 19 anos.

Campeão Masculino

Na grande final do Campeonato Brasileiro Interclubes masculino, a dupla Jonathan e Flávio, do Clube Ceará, venceram por 2 sets a 1, a dupla Gustavo e Zadi, da Associação Maringaense Vôlei de Praia (AMVP).

Um jogo pegado, disputado e com paradas para uma leve discussão com a arbitragem, coisa de final de campeonato, o resultado mostrou o que realmente foi a partida: 1ª set 21/19 AMVP; 2ª set 21/19 Ceará e no tie-break, um 15/12 cheio de força e técnica consagrou o Clube Ceará.

“A gente joga junto desde o sub-17, temos um bom entrosamento. E em 2021, eu tive uma lesão no joelho direito – LCA ligamento cruzado anterior – acabei que eu não participei de nenhum campeonato do sub-19, e graças a Deus, Ele me levantou”, disse chorando, o atleta Jonathan, 20 anos, conhecido como Big Jhon.

Seu parceiro de quadra, Flávio, 20 anos, jogava beach soccer aos 13 anos, mas o vôlei o predestinou a ser um atleta de sucesso. Aos 15 anos de idade, já sabia o que era subir no pódio. Na primeira vez em que disputou o Campeonato Brasileiro sub-15, saiu como vice-campeão, o atleta falou um pouco de sua vida pessoal diante da vitória desse domingo.

“Tenho muito a agradecer ao Bolsa Atleta Federal, vem me dando força nesse trabalho tão difícil. Quero agradecer a minha mãe, Áurea, ela recebe um salário mínimo e batalha muito pra me ajudar. Eu também sou cem por cento bolsista na faculdade UNIFOR, faço educação física. Também sou campeão Brasileiro Universitário, quero agradecer ao André, que abriu as portas pra mim, me dá oportunidade de trabalho; eu vejo o vôlei como oportunidade para a minha vida”, disse com emoção o atleta.

O técnico do Ceará, Fred Jezini, falou do primeiro título nacional conquistado por ele, junto a dupla. “Estamos juntos há um ano. Somos um CT, trabalhamos juntos em três técnicos. E, sobre o jogo, nós jogamos o torneio todo e não perdemos um set. E, na final, perdemos o primeiro set, mas jogamos bem. No segundo set, chegamos a estar atrás no placar, soubemos passar a adversidade. Nós conseguimos jogar sereno e conseguir o título”, disse o treinador.

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