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Cultura / Cineclube
Por Fábio Martins e José Salucci
O projeto “Território de Afeto: uma cartografia de olhares”, do coletivo cultural Casa de Rabisco, promoveu do dia 24 de fevereiro a 09 de março, sessões de cineclube, no município de Vila Velha, com exibição do longa-metragem “Na Quebrada“. O filme mostra a vida de um grupo de jovens sonhadores que tentam driblar os problemas que ocorrem na periferia – violência, drogas, tráfico, repressão policial, pobreza, falta de infraestrutura – investindo na produção audiovisual como um meio de potencializar uma qualidade de vida para o futuro.
Na ocasião, a imersão cultural aconteceu em cinco lugares: Centro Comunitário de Pedra dos Búzios, Centro Comunitário de Santa Rita, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Adolfina Zamprogno, no Centro de Referência de Assistência Social (CREAS), em São Torquato e no Centro de Referência das Juventudes (CRJ), também em São Torquato.
A exibição do filme faz parte das atividades iniciais do projeto, visando cativar jovens entre 15 a 29 anos para participarem das oficinas formativas de audiovisual, fotografia e roteiro. Cola junto, porque já começaram as oficinas! Elas serão ministradas até agosto, no Centro Comunitário de Santa Rita – VV. Clique, aqui, para fazer sua inscrição.
Confira como foi uma parte da exibição de “Na Quebrada”, que aconteceu no dia 4 de março de 2024, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Adolfina Zamprogno, em Vila Velha.
“O projeto Território de Afeto se inspirou na história do filme ‘Na Quebrada’, pois queremos engajar os moradores daqui das comunidades de Alecrim, Pedra dos Búzios e Santa Rita a participarem de nossas oficinas e, com isso, poderem contar suas próprias histórias, mostrar a cultura da comunidade e, consequentemente, fugir do estereótipo de que no bairro deles só se fala sobre violência”, afirma o proponente e gestor do projeto, Rodolfo Birchler. “E a exibição na Escola Adolfina Zamprogno foi um sucesso, com sala cheia e muitos jovens animados com o projeto”, completa Rodolfo.
Depoimento do professor Ladson Surlo Ramos, sobre o filme ‘Na Quebrada’.
Na avaliação do professor Ladson Surlo Ramos, o filme possui muitas similaridades com o que ele presencia na comunidade do entorno da Escola Estadual Adolfina Zamprogno. “Desde que comecei a dar aula nessa comunidade aqui, percebi que há um contexto muito forte de violência, e que a criminalidade está muito presente nas vidas dos estudantes. Já relatos de estudantes que chegaram atrasados na aula porque estava acontecendo tiroteio em sua rua. E o filme traz alguns aspectos muito presentes nesta comunidade. E cada um nessa escola aqui também tem seu sonho, sua expectativa, como o filme mostra”, destaca Ladson.
Depoimento da moradora de Pedra dos Búzios, Lívia Maciel Muniz, sobre o filme ‘Na Quebrada’.
Para a moradora de Pedra dos Búzios, Lívia Maciel Muniz, também presente nesta sessão de cineclube, “é um filme muito bom, porque faz a gente perceber que, fora de nossa bolha, têm coisas horríveis e reais que acontecem”. Lívia reforça que “o filme é bem imersivo, a gente consegue se ver naquilo que a pessoa (no filme) está passando, a gente tem um desafio, um problema parecido com o que é mostrado”.
Depoimento do morador de São Torquato, Deivison Souza, 15, sobre o filme ‘Na Quebrada’, exibido no dia 9 de março, no CRJ de São Torquato.
Para o adolescente “a história é legal. O mais importante no filme é estudar pra virar alguém na vida”. Deivison, que está no primeiro ano do ensino médio também comenta a importância do CRJ em seu bairro. “Mano, por esse tempo agora, mano, tá sendo massa! Você sai da escola, vem pra cá. Tem comida, banheiro, pô, tem tudo que você precisa”, disse o adolescente, que esteve presente na sessão do cineclube no CRJ de São Torquato.
Depoimento do Thiago Ferreira Gomes, 34, Pedagogo Social, sobre a importância de o CRJ ter feito a parceria com a Casa de Rabisco para trazer uma sessão de cinema e promover inclusão social. “Eu acho que essas propostas são muitas válidas. Proposta de cultura, propostas voltadas pra arte. Tudo isso é educativo. Por meio dessas ferramentas, a gente consegue trabalhar diversas temáticas importantes pra essa juventude, eu acho fundamental esse trabalho educativo”, disse o coordenador de Articulação do CRJ de São Torquato.
Mais Informações
(27) 89967-0550
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