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23 de novembro de 2024

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Coletivo Beco efetiva projeto sobre gravidez precoce

No ângulo vertical, à esquerda na foto, de calça preta, Laura Medeiros, diretora da Alveare, ao seu lado, Amanda Cabral, coordenadora de projeto do Coletivo Beco. As outras duas imagens são referentes as rodas de conversas realizadas durante o projeto na escola ABL. Na ocasião, as atividades contaram com a parceria da ONG Alveare. / Foto: Juliana Ferreira.

O “Projeto Gravidez na Adolescência Uso de Álcool e Outras Drogas” conclui no período de julho de 2022 uma efetiva ação de política pública à promoção da saúde e redução de danos, em Vitória.

A ação corresponde ao “Coletivo Beco”, uma Organização Social Civil (OSC), localizado no bairro da Penha. O Coletivo iniciou as práticas sociais em janeiro deste ano. Na ocasião, foram cadastrados cerca de 30 adolescentes, somando o sexo masculino e feminino, sendo atendidos na sede do projeto, juntamente com seus familiares para uma roda de conversa com um agente profissional da saúde (psicóloga).

Além de atuar no Bairro da Penha, o “Projeto Gravidez na Adolescência Uso de Álcool e Outras Drogas” atuou com rodas de conversas na Escola Municipal de Ensino Fundamental, Aristóbulo Barbosa Leão (ABL), em Bento Ferreira. A iniciativa pôde ser realizada por meio de aprovação do edital “Seleção Projetos de Boas Práticas no Campo das Políticas sobre Drogas” da Secretaria de Direitos Humanos e Rede Abraço.

“Eu criei esse projeto em 2021, a partir de uma demanda que a Crislayne, presidente do Coletivo Beco, me trouxe. Ela me disse que a unidade de saúde do Bairro da Penha apontou que, a partir da pandemia da Covid-19, aumentou o número de adolescentes grávidas e usuários de álcool. Então, ela me pediu para fazer um projeto e trabalhar nisso”, disse a coordenadora de projetos do Coletivo Beco, Amanda Cabral, 44.

Amanda, que é Gestora Púbica, com especialização em Desenvolvimento Comunitário e Gestão de Projetos, continuo a explicar a demanda do projeto.

“Eu tinha feito uma pesquisa, porque sou da ‘Coletiva de Mães em Evolução Materna’, já tínhamos estudado essa pesquisa. Então essa pesquisa fazia uma ligação entre gravidez precoce e o uso de álcool, drogas e de antidepressivos, com isso, eu aproveitei os dados dessa pesquisa com a temática que a gente queria trabalhar aqui e damos o foco para nossa comunidade e a escola ABL”, explicou Amanda Cabral que já coordenou 15 projetos do Coletivo Beco.

Para a prática do desenvolvimento e organização do grupo atendido, dentro do espaço do Coletivo Beco, a articuladora social Alexandra Rodrigues Cardoso, 41, que trabalha há três anos no projeto, conta como foi sua experiência de remediar a comunicação das famílias. “Nesse período eu aprendi com as famílias. Aprendi o cotidiano de cada um, porque todas as pessoas que eu chego para articular eu conheço a história de vida, pra trazer para espaço, pra que aqui, nós resolvermos o que fazer com as famílias”, contou.

Todo esse trabalho de cuidado da saúde emocional e histórias de maternidades precoces culminaram em um vídeo de depoimentos dado pelas mães, as quais foram atendidas no espaço do coletivo. O curta-metragem, que teve participação de Laura Medeiros, 28, coordenadora da ONG Alveare, com explicações e orientações sobre gravidez na adolescência e o uso de álcool e drogas foi apresentado durante a Mostra de Práticas do Seminário “Reflexões sobre drogas e os atravessamentos no cuidado”, da Semana Estadual de Políticas sobre Drogas, realizadas entre os dias 22 a 24 de junho de 2022, no Auditório do Palácio da Fonte Grande, no Centro de Vitória.

Parcerias

A ação do Coletivo Beco com o “Projeto Gravidez na Adolescência Uso de Álcool e Outras Drogas” contou com parcerias que atuaram na área da educação, da saúde e jurídica. No total foram cinco pessoas envolvidas na realização do projeto, sendo cerca de 100 atendidas.

Na área educacional, participou do projeto a pedagoga da EMEF Aristóbulo Barbosa Leão (ABL), Dileusa Prates de Moura, 51. Uma das parceiras na condução e co-criação do projeto que envolveu os adolescentes em reflexões diante de operadores da política de álcool e outras drogas, ela disse que projetos desse tipo são fundamentais para que a escola possa repensar sua prática.

“Percebemos que trazer esses assuntos para a roda da conversa é importante, pois coloca o estudante como protagonista. Percebi que eles precisam de ser ouvidos, necessitam de espaços para falarem. Observei que a participação foi melhor que eu esperava, pois os adolescentes puderam falar abertamente sobre suas dúvidas e seus desejos”, narrou.

Outra parceira importante nesse projeto do Coletivo Beco é a ONG Alveare (Casa da Mulher) – que realiza atendimentos médicos em saúde geral e ginecologia. A advogada Laura Medeiros, 28, especialista em saúde da mulher e diretora da ONG, conta como foi sua participação nesse tempo. “Dividimos nossa experiência sobre saúde da mulher, sexualidade e os riscos do abuso de álcool e drogas. Faz parte do propósito da ONG dividir conhecimento para que todos realizem escolhas informadas e conscientes”, pontuou.

A advogada enfatizou a contribuição que a Alveare efetivou durante o projeto. “As rodas de conversa sobre prevenção de gravidez na adolescência dentro da EMEF Aristóbulo Barbosa Leão foram realizadas pela Alveare, por meio de voluntárias facilitadoras que desenvolveram uma cartilha sobre saúde e sexualidade para os jovens. Esta iniciativa envolveu uma palestra e duas rodas de conversas com os adolescentes, que ao final receberam a cartilha da ONG. Foi um momento de troca e aprendizado, possibilitando abertura para o diálogo e o esclarecimento de dúvidas”, ratificou.

Apesar do edital da Secretaria de Direitos Humanos ter contemplado por seis meses a realização do projeto, a coordenadora do Coletivo Beco, Amanda Cabral, destaca os resultados e planos para o futuro. “Esse primeiro projeto, a gente trabalhou com quem já é mãe ou gestante, no caso, os atendimentos que foram realizados dentro do espaço do Coletivo, além de atendermos os familiares. Já no ABL, a maioria não era mãe e havia um caso de paternidade”, disse.

Enfatizando os efeitos do projeto, Amanda continuou. “Veremos resultados com o tempo, mas nosso objetivo no projeto era formar adolescentes que propagassem o que eles aprenderam, tanto que a pedagoga Dileusa sinalizou para mim, que lá na escola, eles pediram os alunos do 8º e 9º anos para continuarem uma roda de conversa. Pra gente é muito bom! O que a gente quer é que eles sejam multiplicadores de ideias”, concluiu.

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