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Entrevista/Eleição 2024
Por: José Salucci – Jornalista e diretor do Merkato.
Faltando 13 dias para a escolha dos vereadores e vereadoras à Câmara Municipal de Serra, Merkato entrevistou a candidata Daniele Frasson (União Brasil), gestora, mãe, esposa, moradora de Valparaíso-Serra e funcionária pública.
Pleiteando pela primeira vez por uma vaga na Câmara, Dani Frasson falou de sua educação familiar, seus princípios, sobre política em época de juventude, sobre suas bandeiras que já está lutando e muito mais.
Confira, leitor e eleitor! Não venda seu voto, seja democrático!
1 – Dani Frasson, antes de entrarmos nos assuntos de política, se apresente ao público. Fale de sua formação acadêmica, experiência de trabalho e família.
Eu sou Dani Frasson, uma mulher de origem humilde, filha de uma mãe professora e de um pai que sempre trabalhou em diversas ocupações para garantir o melhor para nossa família. Acredito que foi esse exemplo de dedicação e esforço que me formou como a pessoa que sou hoje.
Sou graduada em Gestão de Mercado e tenho MBA em Administração Pública. Tive a oportunidade de atuar em grandes empresas, onde me desenvolvi profissionalmente e ampliei minha rede de contatos, mas também sempre me mantive engajada em causas sociais, principalmente no apoio a famílias e crianças com deficiência.
Sou casada há 24 anos com o Cristiano, e juntos temos dois filhos maravilhosos, João Vitor, de 21 anos, e Gustavo, de 15. Foi justamente após o nascimento do meu filho mais novo, que nasceu com fissura labiopalatina, que comecei a me envolver mais ativamente na defesa do direito à saúde das crianças e de suas famílias.
2 – Como foi sua formação familiar na infância e adolescência?
Minha formação familiar foi uma das maiores bênçãos da minha vida. Cresci cercada de amor e união, família grande, meu pai tem 9 irmãos e minha mãe também.
Minha família materna sempre foi muito presente. Todas as minhas tias são professoras, e isso trouxe uma atmosfera de aprendizado e sabedoria para a minha infância. Erámos simples, mas nunca nos faltou carinho, união e aquele sentimento de pertencimento que só uma família grande e afetuosa pode oferecer.
Na adolescência, participei ativamente de grupos de jovens da igreja, onde a amizade e o senso de comunidade foram reforçados. Até hoje, mantenho contato com muitos desses amigos. Foram eles que me ensinaram o valor da fé e da cooperação.
Meus pais sempre plantaram em mim valores de respeito, ética e determinação. Eles me ensinaram que, mesmo com pouco, é possível fazer muito. Sempre fui incentivada a estudar e buscar o melhor, não apenas para mim, mas para aqueles ao meu redor.
3 – Dani, em sua juventude como você pensava política e, agora na fase adulta, o que é política para você?
Na igreja, sempre aprendi o valor de compartilhar as graças que recebemos com o próximo. Desde cedo, promovíamos ações para aumentar o número de pessoas do bem, engajadas em fazer o mundo melhor, seja ajudando em campanhas, seja trabalhando para melhorar nossa comunidade. E confesso que, na minha adolescência, eu ainda não entendia que isso também era política.
No entanto, naquela época, eu achava que política era algo distante, restrito aos que estavam no poder. Agora, entendo que política é participação ativa em toda relação de poder. É tomar decisões informadas que impactam a vida da nossa família e da nossa comunidade. Hoje, vejo a importância de estar informada e de fazer parte ativamente em espaços de decisões.
4 – É a primeira vez em que você se candidata a um posto político partidário, por que resolveu pleitear para vereadora?
Sim, essa é a primeira vez, e a decisão de pleitear o cargo de vereadora veio da minha trajetória de vida e das muitas experiências que me mostraram a importância de estar no espaço certo para fazer a diferença.
O impulso inicial veio do meu envolvimento com a saúde, quando enfrentei, ao lado do meu filho, o desafio de lidar com uma condição de saúde que exige acompanhamento contínuo. Ao longo dessa jornada, me deparei com a falta de políticas públicas adequadas para pessoas com fissura labiopalatina e, além disso, percebi o quanto as famílias que têm alguém com deficiência sofrem para conseguir apoio.
Fui eleita presidente de um grupo de pais e amigos da criança com fissura labiopalatina no ES e com este grupo forte de mulheres engajadas, acompanhamos o recebimento de emenda parlamentar, que junto com nossos pedidos à secretaria de Saúde do governo do estado do ES, foi possível abrir salas de atendo multidisciplinar e as cirurgias que não eram realizadas no ES, em 2021, passaram a acontecer no Hospital Infantil de Vitória.
Então, esse fato foi um despertar para a necessidade de alguém estar lá, dentro dos espaços de decisão, para mudar esse cenário.
5 – Quais são suas pautas políticas e por quê?
Minhas pautas políticas estão profundamente enraizadas na minha trajetória de vida. Destaco três áreas principais: saúde, inclusão e empreendedorismo (economia local).
Na saúde e inclusão, minha principal bandeira é a defesa do direito à saúde para todas as crianças e para aqueles que necessitam de atendimento especializado. Além disso, a saúde mental precisa de atenção especial. Pretendo propor parcerias com clínicas e profissionais de saúde mental para oferecer serviços gratuitos ou a preços acessíveis, garantindo que todos tenham acesso ao cuidado psicológico que merecem. O fortalecimento da saúde preventiva também é essencial para garantir que nossa população seja atendida, evitando problemas maiores no futuro.
No empreendedorismo, outro pilar central das minhas propostas, é o apoio ao microempreendedorismo, com atenção especial às mulheres que sustentam suas famílias por meio de pequenos negócios. Quero criar programas de capacitação e acesso ao crédito, especialmente, para essas mães que, muitas vezes, precisam abdicar de suas carreiras para cuidar de seus filhos.
Também proponho a criação de espaços públicos compartilhados, em áreas estratégicas do município, onde os empreendedores possam desenvolver seus negócios com apoio técnico, estrutural, acesso a ferramentas tecnológicas, palestras e capacitações.
Por fim, defendo a ampliação do programa municipal de apoio para cuidadores de pessoas com deficiência e idosos. Muitas famílias acabam se sobrecarregando com a responsabilidade de cuidar de um ente querido, sem receber nenhum tipo de suporte.
6 – Em pesquisa recente, o Merkato noticiou que: dos 408 concorrentes à Câmara Municipal de Serra, 273 são homens e 135 mulheres. Em percentuais, 66.9% pertence ao gênero masculino e 33,08% ao gênero feminino. O que esse quadro significa em seu ponto de vista?
Os números apresentados na pesquisa evidenciam uma realidade que ainda precisa de ser transformada. O fato de termos 66,9% de candidatos homens e apenas 33,08% de mulheres mostra que, apesar de todos os avanços, a participação feminina na política ainda é menor do que deveria ser. Isso não significa que as mulheres não estejam interessadas ou qualificadas, mas sim que ainda existem barreiras, tanto estruturais quanto culturais, que dificultam o acesso das mulheres aos espaços de poder.
Com mais mulheres ocupando espaços de decisão, podemos fortalecer as pautas de inclusão, saúde, educação e empreendedorismo, garantindo que as necessidades de toda a população sejam atendidas. Minha candidatura é um reflexo desse desejo de mudança e de promover uma Serra mais inclusiva, inovadora e cheia de oportunidades para todos.
7 – Outra parte da pesquisa revelou que: quando o assunto é candidatos com nível superior completo, em proporção, temos 40% das mulheres com graduação completa, contra 32,9% dos homens que concluíram algum curso superior. Dentro da sua experiência de trabalho e vida acadêmica, você se considera mais preparada que muitos candidatos homens, e até algumas mulheres, ou enxerga que política é feita de experiência agregada aos estudos?
Acredito que a política é uma combinação de experiência e estudo. Embora a formação acadêmica seja uma ferramenta poderosa, ela sozinha não define a capacidade de um candidato. Na minha trajetória, tanto no setor privado quanto no serviço público, a educação foi essencial para tomar decisões embasadas e para a compreensão técnica dos processos, mas foi a prática, o contato com as pessoas e o dia a dia da gestão pública que realmente moldaram minha visão de política.
Os dados que mostram uma maior proporção de mulheres com nível superior completo são muito importantes, pois evidenciam o quanto as mulheres estão se preparando cada vez mais para ocupar cargos de liderança e decisão.
8 – Por fim, por que a Serra precisa de você?
A Serra precisa de alguém que viva e compreenda a realidade de suas famílias e seus desafios diários. Minha trajetória pessoal e profissional me preparou para ser essa voz na Câmara Municipal, defendendo as pautas que realmente importam para as pessoas.
A Serra precisa de representantes que, não só conheçam seus problemas, mas que também tenham coragem e competência para enfrentá-los, criando oportunidades para que cada cidadão tenha voz e espaço.
Por isso, estou aqui para trabalhar pela Serra. Quero ser a vereadora que não se esconde no gabinete, mas que ouve, acolhe e busca soluções reais para nossa cidade.
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