Invista no Jornal Merkato! – Pix: 47.964.551/0001-39.
Coluna Criativos/Networking
Por: Simone Dettmann – CEO da Silver Solutions
A carreira de um empreendedor ou empreendedora não admite certos tipos de tropeços e falhas; o mercado não é religioso, ele não perdoa. Conforme essa premissa, gostaria de narrar uma experiência constrangedora que vivenciei em um determinado grupo de mulheres empreendedoras, no município de Serra. Com o propósito de ampliar meu networking, não obtive êxito, e ainda fui excluída do grupo de WhastApp. Acompanhe a história!
Em dias atuais, a expressão empreendedorismo ganhou força, fama, se tornou um termo ‘Pop Star’ no mercado de trabalho, mas você sabe realmente o que significa empreendedorismo? O que é ser empreendedor e suas principais características?
Há dez anos no mercado de controle de acesso, segurança eletrônica e alarme de incêndio, venho construindo, passo a passo, a cultura empresarial da Silver Solutions, onde tenho a missão de ser a CEO da empresa.
Para embasar a experiência antiprofissional que presenciei, cito o teórico Chiavenato. Para o autor, o empreendedor deve possuir três características básicas: ter necessidade de realização, disposição para assumir riscos e ter autoconfiança. E, quando pensamos os tipos de empreendedorismo também falamos em três esferas: empreendedorismo de negócios, empreendedorismo interno e empreendedorismo social.
O primeiro está ligado a comercialização de produtos e serviços, é o que vivencio na minha empresa. O segundo, visa melhorias dentro de uma empresa, o funcionário não é o empresário, mas atua com mentalidade inovadora dentro da empresa para seu crescimento diante de um mercado competitivo. E, por último, não menos importante, o empreendedorismo social, que visa o impacto positivo em uma determinada comunidade, que é afetada por um incidente de vulnerabilidade social.
O teórico Chiavenato ainda pontua as características em que cada tipo de empreendedorismo carrega sobre si, no caso desse artigo de opinião, quero destacar o empreendedorismo de negócio, onde se evidencia que o empreendedor (a) de negócio precisa de ser criativo, crítico, ter visão de futuro, saber negociar, ter bom relacionamento interpessoal, ter iniciativa, além de identificar oportunidades no mercado, planejar e construir novos negócios.
Diante dessa base teórica, gostaria de narrar o evento, o qual eu estava participando, em que se tornou conhecido a mim através de uma reportagem de um jornal online. A taxa de inscrição do evento foi de R$250,00, naturalmente, gerei uma expectativa de conseguir contatos significativos para a minha atividade empresarial.
O que me chamou atenção no evento foi que, ao sentarmos à mesa, eu e mais uma empreendedora vimos que, não havia marcações com nossos nomes e nem referência às nossas empresas, ali, na mesa, e das demais. Além da programação do evento ter atrasado, o cronograma da organização não nos foi passado pelo WhatsApp ou em outro canal de comunicação, que no meu ponto de vista, poderia ter sido distribuído. As empreendedoras com maior interesse solicitaram o cronograma do evento.
Enfim, alguns minutos se passaram e vieram mais duas empresárias compor a nossa mesa. Segundo elas, disseram ser amigas da idealizadora do evento, por causa dessa fala tomei a liberdade, junto a minha colega, a darmos sugestões de melhoria para o próximo evento, como: apresentar a sua marca no evento, sinalização com placas nas mesas com o nome das empresárias ou das empresas; ter uma dinâmica para conhecimento dos produtos e serviços das empresas; tudo isso para que fosse efetivado um real networking, único propósito de estarmos ali. Não aconteceu uma interação das marcas entre as empreendedoras.
Um evento desse porte, não apenas pelo valor, deve ser bem planejado para uma comunhão de histórias, valores, propósitos e efetivação de negócios. Um evento de networking vai além de uma festa, de um buffet de qualidade, música e diversão. O empreendedor (a) precisa de ter foco em seu negócio. Um evento empresarial, é empresarial, não um lugar de lazer.
Muitos empresários estão confundindo networking como um ambiente de festa ou tipo aqueles encontros de adultos divorciados, viúvos e solteiros para poderem arrumar um par. É verdade! Não estou aqui difamando nenhum evento, mas networking não é juntar pessoas, é unir marcas. É promover propósitos. Entrelaçar histórias, senão será apenas mais um grupo de conversa.
Por esta minha posição, dias depois enviei mensagem para a idealizadora do evento, ofereci apoio para a construção da próxima organização do evento, também de organizar o grupo das mulheres, e poder apresentar uma palestra sobre o serviço da minha empresa, mas não me respondeu.
Um certo dia, com a pretensão de postar um conteúdo jornalístico da minha empresa no grupo de WhatsApp das empreendedoras, a qual eu achava que fazia parte, percebi que tinha sido excluída do grupo.
Não cabe atitudes como essa que evidenciam o antiprofissionalismo empresarial e amadorismo. A verdadeira empreendedora de negócios visualiza o futuro, ouve o presente, e refleti no passado, para não continuar cometendo os mesmos erros, e, em relação aos acertos, mantém a humildade para poder continuar construindo o propósito de gerir uma empresa.
Por fim, entendo que muitas mulheres sabotam as próprias mulheres e depois resmungam nas redes sociais, nos encontros de bastidores que os homens as impedem de crescerem profissionalmente, sim, existe essa tônica, mas em muitos casos, há empreendedoras, ou ‘empreendedoras maquiadas’ de empreendedorismo, que não sabem receber uma palavra de mudança, de construção, e escolhem a pior maneira de gerir seu negócio, excluir futuros clientes promissores.
*O texto é de livre pensamento da colunista*
Invista no Jornal Merkato! – Pix: 47.964.551/0001-39.