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25 de novembro de 2024

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Festival MC.Mulheres tem apresentação, hoje, no Teatro Carmélia

Mostra de cinema, batalha de dança e rima, intervenções artísticas e muito mais. O Festival MC.Mulheres acontece em dose dupla, com início nesta sexta-feira (19), às 18 horas, e no sábado, a programação cultural inicia a partir das 16 horas. O grande encontro das artistas será apresentado no Centro Cultural Carmélia, em Vitória. A entrada é gratuita.

Em sua segunda edição, o “MC.Mulheres”,  projeto do Movimento Cidade, criado com a ideia de fortalecer a economia criativa e impulsionar a carreira de mulheres negras, fomenta capacitação em audiovisual, música e empreendedorismo.

“O MC.Mulheres é lançado com o interesse principal em oportunizar. Nosso público-alvo são artistas que já possuem alguma trilha. Com isso, somamos ao instrumentalizar gratuitamente essas carreiras junto de profissionais que já estão consolidadas no mercado nacional, um acesso que poderia ser um pouco mais complexo de se conseguir”, explica a coordenadora do MC.Mulheres, Isabella Baltazar.

Seguindo a agenda do festival, o espaço cultural do Carmélia receberá personalidades marcantes da cultura capixaba. A cantora GAVI fará apresentação às 20 horas, no sábado, além de rolar um som de Bia Ferreira, Budah e Nina do Porte.

Outra atração cultural será a batalha de dança. Na ocasião, 16 competidoras irão balançar a galera com diversos estilos de danças urbanas e periféricas. O confronto terá premiação em dinheiro para as três primeiras colocadas.

Entre as artistas que participaram da edição de 2022 e que está garantida na edição atual é a Daiane Pessoa, uma das meninas que soube aproveitar a oportunidade e obter o crescimento pessoal e profissional.

“Vou participar do festival de duas formas. Um dos audiovisuais que serão apresentados é o que eu participei, né… que é o “Retomada” (é um clip). Ele será apresentado pelas mentoras do curso do audiovisual. Além disso, dessa vez, eu vou estar atuando nas batalhas de dança como organizadora… na organização do júri da batalha de dança no dia 19”, disse a artista.

Fruto do trabalho

O MC.Mulheres teve chamada deste ano para o edital com três tipos de oficinas: Escola de Mercado, Escola de MC’s e Produtoras e Escola de Audiovisual, no formato online e presencial. Ao todo, 90 mulheres foram selecionadas.

“Sobre a minha participação na edição anterior é algo inexplicável… deu um start mesmo na minha carreira musical… de lançar meu primeiro single que foi o “Tipo Gin”. E na minha participação anterior, eu tive cercada de um sentimento de aquilombamento entre mulheres pretas se apoiando, se acolhendo diante das frustrações, das coisas pesadas que a gente passa no universo da arte… nos reconhecemos uma na outra”, contou Daiane Pessoa.

Em um clima de irmandade, a artista continua afirmando a importância do MC.Mulheres realizar a formação de imersão cultural. “O MC.Mulheres vem reverberando ainda… é algo que eu considero muito importante tanto profissional quanto pessoal de se entender como mulher, artista, preta, periférica, tudo isso. Tem fortalecido muito nosso trampo com a música e os laços que a gente construiu com as artistas do Nordeste e com as artistas capixabas”, comentou Daiane Pessoa.

O projeto cultural, que nasceu no Espírito Santo, além de receber as mulheres pretas do solo capixaba, abre espaço para um intercâmbio às irmãs de todos os estados do Nordeste brasileiro.

“O convite ao Nordeste surge com um questionamento ao eixo Sudeste como mercado consolidado e único para a cena do Rap e do Hip Hop. Nosso aceno é para a descentralização das oportunidades, entendendo que outros movimentos acontecem em outros territórios. Vale lembrar, por fim, que dentro do contexto Sudeste, o Espírito Santo também é um território invisibilizado neste sentido”, explicou Isabella Baltazar.

Dentre as apresentações culturais que serão realizadas a partir de hoje, o clip “Retomada” será transmitido. Esse audiovisual é produto final da edição de 2022 do MC.Mulheres, que será comentado por Natália Dornelas e Suellen Vasconcelos, ambas cineastas e mentoras da Escola de Audiovisual do MC.Mulheres.

Representando o Nordeste, a artista Mun Há participou dessa imersão cultural e conta sua satisfação de ter conhecido o MC.Mulheres.

“Comecei minha carreia em 2019 e, logo depois veio a pandemia. Eu tava sem rumo. Participar do MC.Mulheres eu aprendi a gerenciar a minha carreira e entender o meu produto. E estar no Espírito Santo participando presencialmente das atividades e produzir um vídeo clip foi muito importante. E depois disso eu lancei meu primeiro álbum que se chama “Mundana”, que é o meu primeiro álbum… um álbum de brega funk produzido por uma travesti não binária, que sou eu… aqui em Recife é um marco… eu pude aprender muito no MC.Mulheres para concluir esse projeto… foi um divisor de águas”, contou a artista.

 

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