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24 de maio de 2025

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Júlio César Nobre e sua missão com o Clube Capixaba na Liga Nacional

Técnico Júlio César Nobre. / Foto:

Colabore com essa informação! Pix47.964.551/0001-39.


Entrevista
Por: José Salucci – Jornalista

O Clube Capixaba estreia neste domingo (25), na Liga Nacional de handebol feminino. O jogo acontece na Arena Jacaraípe, Serra, e a equipe serrana já tem pela frente um desafio de encarar o atual campeão: o Esporte Clube Pinheiros (SP).

Merkato conversou com Júlio Nobre, 45 anos, técnico do Clube Capixaba, para falar da estreia do time, expectativas, previsões e um pouco de seu trabalho no handebol capixaba.

O treinador, que é formado em educação física, em tempos de atleta universitário, sagrou-se campeão de handebol no Junes (2005). Experiência como atleta amador, técnico e professor de educação física, o currículo de Júlio se estende para coordenador de base do handebol do Clube Capixaba. Ele assume os naipes masculino e feminino, além de ser o comandante do time adulto feminino.

Somando outras experiências com o esporte, Júlio Nobre atuou como auxiliar no time Castro Alves, de Cariacica, a partir do projeto do Centro Olímpico do Espírito Santo, e em 2022, assumiu como head coach, Colégio/Clube, que foi referência nacional por muitos anos na modalidade. Em dias atuais, Nobre também exerce função de treinador no time de handebol da Emescan, naipes masculino e feminino.

E, para tanto trabalho, a jornada atual desse ‘homem multiuso’ é fazer o Clube Capixaba conquistar resultado expressivo na Liga Nacional. O time compete pela segunda vez o evento esportivo, sendo a primeira em 2024. Júlio terá pela frente uma montanha-russa até chegar em seu objetivo: classificar o Clube Capixaba na primeira fase e, quem sabe, chegar pelo menos na Final Four (quatro melhores times).

De acordo com o regulamento da Liga, a primeira fase é chamada de Conferência, onde se divide por regiões do país, no caso do Clube Capixaba está inscrito na Conferência Sul-Sudeste. Aqui, sete times se enfrentam em confronto direto, cada equipe jogará três partidas dentro de casa e três fora. Na chave do Clube Capixaba estão: Pinheiros, líder do ranking nacional, e São Carlos, ambos de SP. Cascavel e Criciúma (SC) e Maringá (PR), clubes estes favoritos para o título, segundo pontuou o treinador capixaba. Completa a lista, a equipe Torres (RS).

Conforme o regulamento, seis (06) clubes se classificam para a segunda fase: a Main round, em que 12 equipes participam formando duas chaves de seis (06), classificando quatro (04) para o Final Four, até que as duas melhores equipes se enfrentarão na grande final, com jogo único.

Leia a entrevista e saiba os posicionamentos do técnico Júlio Nobre para a Liga Nacional de handebol feminino e, também conheça um pouco de sua trajetória no esporte.

1 – Júlio Nobre, obrigado por ceder essa entrevista ao Merkato. Você ocupa o cargo de coordenador do handebol do Clube Capixaba, me fala sobre as faixas etárias que atua, seus desafios específicos e seu tempo de contrato?

Bom, lá no projeto nós atendemos as faixas etárias de 8 a 17 anos, que é considerado a formação de base, nos naipes masculino e feminino. Já, acima dessa idade, temos as equipes femininas de competição, juvenil (sub 18), junior (sub 21) e adulto, a partir de 17 anos, já podem competir nesta categoria. Penso que o meu maior desafio neste projeto de base, seria a evasão das atletas da escolinha, os pais não levam para o treino. O nosso contrato é com a Prefeitura de Serra, e todo ano é renovado.

2 – Qual tem sido sua metodologia de trabalho para tornar o Clube Capixaba proeminente no cenário do handebol estadual e nacional?

A estratégia é contratar atletas com qualidade, e elevar o nível dessas atletas técnico e taticamente, além do mais, ajudá-las no que diz respeito a parte emocional, a qual interfere diretamente dentro de quadra. Além de uma boa preparação física também.

3 – O handebol, com todo respeito, é esquecido por parte do poder público, privado e imprensa capixaba. Diante desse desfio econômico, político e cultural, o que planejar e como realizar um handebol que se desenvolva com resultados positivos no Espírito Santo?

Penso que os professores de educação física precisam de receber mais formação para trabalhar com essa modalidade dentro da escola. Assim, os nossos campeonatos escolares serão mais disputados e com mais escolas, trazendo assim, mais olhares do poder público e da sociedade em geral.

4 – Em relação ao surgimento de novos talentos na modalidade, como você enxerga o Clube Capixaba ou ES na atualidade? Nosso handebol (feminino ou masculino) é competitivo?

O Clube Capixaba está atuando no município de Serra, onde a cultura handebolística ainda é muito baixa, então somente a médio prazo colheremos frutos dos novos talentos que estão sendo treinados nas escolinhas. Já em outras localidades do nosso estado, não acontece da mesma forma, porque as equipes já tem uma certa tradição, então as meninas mais novas entram no projeto e já vislumbram estar onde as mais velhas já estão.

No centro da foto, o técnico Júlio César Nobre. Ao seu lado esquerdo Gilson Junior, e à sua direita, Fernando Matos, formando a comissão técnica do Clube Capixaba. A ocasião se refere ao terceiro lugar do Clube na Copa Sudeste cadete feminino, em 2025. / Foto: Divulgação. Clique na foto!

5 – Vamos falar da Liga Nacional. Neste domingo (25), o Clube Capixaba estreia no maior evento de handebol feminino do país, sendo o único time que representa o Espírito Santo. Quais são suas expectativas e previsões para seu time nesse desafio, já que no ano passado, o time não passou da primeira fase e ainda amargou o último lugar?

Estou com uma expectativa muito boa, ao contrário do ano passado, contratamos mais atletas renomadas, com passagens pela seleção brasileira e pelo maior polo de handebol do mundo, que é a Europa. Além de contar com atletas daqui do estado com muita experiência, que já jogaram essa competição em outras ocasiões. O objetivo principal do clube na liga deste ano é classificar para a segunda fase e quem sabe com muita resiliência, chegar no FINAL FOUR.

6 – Júlio Nobre, você já foi campeão de handebol no Junes (campeonato universitário), já atuou no Castro Alves, time de referência nacional no handebol, também coordena todas as categorias de base do Clube Capixaba e ainda está à frente da equipe adulta feminina. Como lidar com a carreira de treinador sem ter passado pelo lado profissional de ser jogador, quais sãos suas táticas para driblar o mito de que: se não foi jogador profissional, não será bom treinador?

Penso que, o que mais pesa pra mim é entender o mundo feminino, mesmo já estando há muitos anos trabalhando com este gênero, nunca me sentirei 100% preparado para entender o universo feminino, não digo só em questão de handebol, mas de aspectos gerais. Não tenho dificuldades em gerir o meu grupo, mesmo não tendo sido atleta profissional. Acho que isso é um mito, conheço técnicos campeões que nunca foram atletas de handebol, aqui no estado temos alguns: Emerson Erlacher e Eduardo Palaoro.

7 – O Clube Capixaba irá enfrentar times fortes dos estados de SP, PR, SC e RS. Vocês irão jogar três partidas fora de casa, ou seja, terão que viajar para lugares distantes, e na ocasião, de ônibus. Viagens cansativas como essas, como preparar as atletas na parte física e psicológica?

Fisicamente pretendemos chegar lá e nosso preparador físico Gilson Junior e a nossa Fisio Lorrayne Miller, fazerem um trabalho para soltar bastante a musculatura e deixa-las prontas para o jogo. Bem como ouvir boas músicas, ler bons livros, a fim de trabalhar bastante a parte espiritual das atletas.

8 – Treinador, chegamos ao fim da entrevista. Gostaria de pontuar algo que não perguntei?

Só quero agradecer a vocês do jornal Merkato, pelo espaço aberto aqui, para falar dessa modalidade tão gostosa de jogar, e que de forma geral, é esquecida pela mídia esportiva. Agradecer também a Prefeitura de Serra, pelo apoio, a pessoa do nosso prefeito Weverson Meireles e do nosso secretário Anderson. Gostaria de agradecer também ao nosso parceiro Lucas Campos, e todos os pais das atletas que também são muito importantes neste processo. Muito obrigado!

“Eu sou do esporte. Comecei a jogar handebol aos 12 anos na escola, em 1992, não esqueço essa data”, disse o técnico do Clube Capixaba, Júlio César Nobre. / Foto: Divulgação.

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