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Coluna Letrados / Música
Por Roberto Teixeira / Jornalista e editor do Capixabas no Rock.
Não precisamos falar bem das mulheres apenas em datas comemorativas, como no Dia Internacional da Mulher, aniversário de casamento, aniversário particular. Precisamos de lembrar que a mulherada vem ocupando seu espaço de excelência no rock, desde a Sister Rosetta Tharpe que, para muitos, foi a quem gestou o nosso querido estilo de música. Parece coerente, não é? Afinal de contas, a primazia da maternidade só poderia estar com uma mulher mesmo.
Sim. Isso mesmo, nem Elvis, nem Chuck Berry (obviamente estes dois são sensacionais). Mas, em 1944, em plena Segunda Guerra Mundial, a mulher, negra, com a carreira consolidada, lançou o que é considerado por muitos especialistas a primeira canção do rock: “Strange things happening everyday”.
Mas, não foi e não é nada fácil marcar posição em uma sociedade com desigualdades em que ainda convivemos em pleno ano de 2024. Por exemplo, a agência de empregos Catho constatou que mulheres, mesmo ocupando os mesmos cargos e realizando tarefas iguais às dos homens, chegam a ganhar até 34% menos do que eles. Em funções como gerente e diretor, essa diferença é de 24%, no levantamento feito em 2021.
Mas chegou o tempo de celebrar, as muitas conquistas das mulheres desde que as meninas puderam frequentar a escola (1827), o direito de votar (1934), de jogar futebol (1979), e de que falta de virgindade não é crime (2002). Minha nossa!
Sister Rosetta Tharpe abriu espaço para nomes que vieram em seguida, como a Janis Joplin, a pioneira rainha do Rock ‘N’ Roll que viveu intensamente, simbolizando toda a irreverência do rock. Foi a primeira referência que temos, nos já distantes anos 60.
E no Brasil, a majestade vai para Rita Lee, em memória, que integrou os grupos “Mutantes” e “Tutti-Frutti” e seguiu em carreira solo revolucionando a música e a sociedade, com músicas cheias de ironia e exigindo a independência feminina. Quem não conhece “Lança Perfume”, “Ovelha Negra”, “Agora Só Falta Você” e “Erva Venenosa”?.
Cindy Lauper, Annie Lennox (Eurythmics), Marie Fredriksson (Roxette), Dolores O’Riordan (Cranberries), Cindy Lauper e as Amys Lee (Evanescence) e a Winehouse. No Brasil, Cássia Eller, Pitty e a musa do Kid Abelha, Paula Toller.
E por aqui, cantando no Espírito Santo, temos o privilégio de assistir a inúmeros exemplos de muito talento, como a D. Fran, Kessy Borges, Laís Stone, Rosana Kolaga, Renata Portela, Kamila Gabriel, orgulho de já terem passado pelo nosso perfil, o Capixabas no Rock. E quem sabe, na expectativa de rever a Yumi, que está do outro lado do mundo, no Japão.
E, vamos na torcida que avancem desta maneira, na maior igualdade de gêneros e respeito total fazendo música autoral ou cover, liderando bandas, compondo bandas inteiras como a Iron Ladies (cover do Iron) com vozes mais agudas ou guturais, como as vocais da banda Nervosa, por exemplo.
*O texto é de livre pensamento do colunista*
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