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Coluna Letrados
Por Sueli Valiato/ professora de Língua Portuguesa e Literatura.
Hoje é o Dia dos Namorados… E, inspirando-me nos cânticos do rei Salomão, vou dedicar este singelo poema ao meu amado:
Oh meu amado, ao te conhecer
Flertei com o desconhecido…
No solo árido da decepção
O amor se plantou.
Escondido de mim e ti
Si- len- ci- o- sa- men- te, germinou
Quando, a sós nos olhamos
Vimo-nos entrelaçados…
Só no olhar nos amávamos
As palavras eram carícias.
Sem saber esperamos
Numa certeza incerta…
Numa sintonia sinestésica
A alma se completou
O falar se embaraçou
O desejo saltou aos olhos…
Suor minou nos poros
Os corpos transcenderam…
Nada se falou
Tudo se entendeu…
O amor arrombou a porta
Agora nada mais importa
Melhor lugar é seu abraço…
Meu amado, isso é bom demais!!!!!!
Iniciei assim, porque não há nada mais natural, mais normal que o desenvolvimento da atração recíproca, da paixão, do amor entre os seres humanos. Tanto que nascemos física e fisiologicamente “equipados” para desfrutar os prazeres que um bom relacionamento amoroso pode proporcionar.
Não é por acaso, que a bíblia cristã traz em seu primeiro livro do velho testamento, Adão e Eva protagonizando uma história permeada por sedução e cumplicidade. E, no novo testamento o amor entre Maria e José. Além dessas, encontramos inúmeras narrativas que desnudam a imensa potência do amor, a forma como ele é capaz de mexer com emoções e desejos mais benevolentes e obscuros dos seres humanos.
Entretanto, observo que atualmente, se apequena a disponibilidade, a coragem e a nobreza de se permitir amar plenamente, profundamente. Externar, publicitar o amor que se vive, tem se tornado piegas, fora do tempo, exposição ao ridículo, demonstração fraqueza. A esse pensamento, sugiro a leitura de Cânticos dos Cânticos, na Bíblia Sagrada, como antídoto contra as ideias rasas, perversas e distorcidas sobre a sexualidade, amor, romance e sexo.
Pois, já no prólogo lemos: “Que me beije com os beijos de sua boca! Teus amores são melhores do que o vinho, o odor dos teus perfumes suaves, teu nome é como óleo escorrendo…” e estes são os últimos versos: “Quisesse alguém dar tudo que tem para comprar o amor… Seria tratado com desprezo”. Não é lindo de ler? Mais lindo ainda, é quando nos permitimos viver!!!
Que essa data, além de aquecer e movimentar o comércio pela de busca de presentes, aqueça e movimente os corações para que o amor seja presente e que todo dia seja Dia dos Namorados. Pois sempre é tempo e há tempo de comemorar o amor, de viver e celebrar o amor sem amarras, sem preconceitos, sem medo…
Sempre é tempo e há tempo para darmos espaço a encantadora a beleza, que amor imprime na alma de quem se permite experimentar a boniteza do ato de amar!
*O texto é de livre pensamento da colunista*
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