Em tempos de avanços tecnológicos, com a Educação a Distância (EAD), o modelo tradicional de educação, com metodologia ultrapassada, meramente expositiva já não tem mais espaço. Nesse modelo, o professor é visto como detentor do saber e, muitas vezes, como única fonte de conhecimento, pois concentra nas aulas expositivas toda forma de o aluno receber as informações, já prontas e pré-determinadas.
Vivemos em um cenário completamente novo. O avanço nas áreas da ciência e tecnologia, principalmente, gerou uma necessidade de adaptação dos modelos usados nas escolas para ensinar.
Apareceram então vários estudiosos com propostas inovadoras. As ideias de John Dewey, principal representante da educação progressiva norte-americana, durante a primeira metade do século XX, contribuíram para a valorização da experiência e participação do sujeito, de forma integrada, no processo de aprendizagem. Ele acentuou também a necessidade de tornar o espaço escolar em um espaço vivo e aberto à realidade, ou seja, um espaço em que o sujeito vivencie, experimente os conteúdos abordados.
A isso chamamos de protagonismo, processo no qual o estudante, com a devida orientação, investiga, registra dados, formula hipóteses, envolve-se com o problema, buscando sua solução. Junto com o professor, ele passa a ser responsável pela própria aprendizagem, deixando de ser um mero expectador e atuando ativamente no processo ensino-aprendizagem.
Isso auxilia o estudante não só na vida escolar. Uma vez que ele aprende a buscar soluções, investigar, questionar, atuar, tudo isso influenciará nas situações vivenciadas por ele no futuro, que passará a lidar melhor com as questões pertinentes a sua vida pessoal e profissional.
O protagonismo é a proposta para uma educação para o futuro, contribuindo para a construção de uma sociedade proativa e tornando o ensino mais significativo para todos.
Magda Simone Tiradentes – *Mestre em Letras pelo Mestrado Profissional em Letras (IFES). Experiência na docência de Língua Portuguesa (Ensino fundamental II), atua na Secretaria de Educação da Serra, com a Formação Continuada de Professores de Língua Portuguesa.