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Os jovens e a leitura

Imagem: Divulgação.

“Acredito nos jovens à procura de caminhos novos, abrindo espaços largos na vida”. (Cora Coralina)

Hoje é o dia da juventude brasileira e eu me pus a refletir sobre como está a situação dos jovens no atual contexto brasileiro e como a educação pode influenciar nisso. E também penso em como é importante garantir a esses jovens o direito à cultura, por meio da leitura.

Antônio Cândido, sociólogo e professor, figura central dos estudos literários no Brasil, disse que “o direito à literatura desagua na justiça social.” Ou seja, o direito à leitura nos garante outros direitos sociais.

A Política Nacional de Leitura e Escrita (Lei Nº 13.696, de 12 de julho de 2018), em seu artigo 2º, parágrafo II, preconiza “o reconhecimento da leitura e da escrita como um direito, a fim de possibilitar a todos, inclusive por meio de políticas de estímulo à leitura, as condições para exercer plenamente a cidadania, para viver uma vida digna e para contribuir com a construção de uma sociedade mais justa”.

Na contramão dessa política, de acordo com o Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf) de 2018, apenas 59% dos jovens brasileiros terminaram o Ensino Médio até os 19 anos de idade.

Nossos jovens têm que lidar com desigualdades, com suas angústias internas, cobranças e comparações. Vivem numa sociedade que exige que trabalhem, mas o mercado quer pessoas experientes. Quando se é jovem, ainda não se acumulou experiência, mas, por precisar se sustentar, abandona a escola para tentar arranjar um emprego. E quando não consegue, é rotulado como parte da juventude “nem-nem” (nem trabalha, nem estuda).

As desigualdades sociais impactam as escolhas dos jovens, que se veem à procura de caminhos, como disse Cora Coralina, mas sem muitas perspectivas de sucesso. Só teremos um país de pensantes quando nossos jovens tiverem acesso à educação e aos bens culturais, acesso esse que perpassa, não só por questões cognitivas, mas também por condições de pagar seu material de estudo, seu ingresso ao cinema, ao teatro, e pela aquisição de livros.

Precisamos pensar, com urgência em políticas de acesso e permanência à educação e cultura. Precisamos encurtar a distância entre os jovens e os livros, pois só estaremos numa situação ideal quando nossos jovens escolherem ler por opção, sem que haja limitação de seu acesso à leitura. A leitura, principalmente a literária, pode contribuir muito para a construção da identidade dos jovens, propiciando autoconhecimento. Ele deve ter o direito de optar por estudar ou não, dependendo das oportunidades que forem surgindo em sua vida e tais oportunidades devem ser oferecidas com equidade para todos, sem distinção de raça, cor ou condição social.

Lutemos por uma sociedade mais justa e com mais oportunidades para nossos jovens!


Magda Simone Tiradentes – *Mestre em Letras pelo Mestrado Profissional em Letras (IFES). Experiência na docência de Língua Portuguesa (Ensino fundamental II), atua na Secretaria de Educação da Serra, com a Formação Continuada de Professores de Língua Portuguesa.

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