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Inteligência Artificial e o advogado multidisciplinar

Dr. Diego Barros. / Foto: Divulgação.

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Entrevista
Por: José SalucciJornalista

Nos primórdios, a pedra era espaço para registar uma comunicação. O pergaminho já foi a nova tecnologia de seu tempo, assim como a cerâmica e o papel. A humanidade presenciou, no século XVIII, o advento da Primeira Revolução Industrial: o uso do vapor na produção mecânica. Depois, veio a Segunda Revolução Industrial, em 1870: início da produção em grande escala baseada na eletricidade. Chegamos a Terceira Revolução Industrial: a informática.

Em dias atuais, a Indústria 4.0, conhecida como a Quarta Revolução, que engendra técnicas de produção de vanguarda com sistemas inteligentes que se integram com as organizações e pessoas, estão transformando as atividades humanas relacionadas ao trabalho.

Toda revolução tecnológica modifica a forma que vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. E nesse contexto, a Inteligência Artificial (IA) aparece como uma ferramenta potencial de trabalho para otimização de tempo, maior produtividade e assertividade em conclussão de projetos.

Com tanta inovação, profissões são ameaçadas de extinção, exemplo da nova era do RH, onde empresas já estão realizando entrevistas de emprego por meio da IA. As habilidades humanas cada vez mais são exigidas para chegarem a possíveis exatidões nas tarefas do trabalho.

De acordo com o site do Grupo Iberdrola – líder do setor energético global – há profundo impacto da Indústria 4.0 sobre o emprego como um dos grandes desafios da Quarta Revolução Industrial. Um relatório da McKinsey Global afirmava que, até 2030 seriam perdidos 800 milhões de trabalhos como consequência da robotização.

Com toda essa mudança frenética no modo ser e existir da raça humana, urge para cada esfera de um determinado conhecimento profissional o diálogo com a Inteligência Artificial (IA), com motivações de inserção no mercado de trabalho.

Diante dessa introdução textual, Merkato publicou entrevista com Dr. Diego Barros, advogado há 17 anos, com especialização em Direito Empresarial e Societário. Diego, 42 anos, natural de Vitória-ES, é profissional ligado aos detalhes, à busca por escutar as profundas necessidades de seus clientes e, acredita que, em um mercado jurídico cada vez mais digital e ágil, as habilidades soft skills – habilidades comportamentais e socioemocionais que permitem uma interação eficaz com outras pessoas e situações – farão a diferença.

Com intuito futuro em aprofundar a integração entre tecnologia e Direito, o advogado respondeu algumas perguntas sobre a Inteligência Artificial e revolução no setor jurídico corporativo.

Leia e compartilhe!

1 – Dr. Diego Barros, seja bem-vindo ao Merkato. Em relação aos cursos na área da Inteligência Artificial, ou literaturas, o que pode indicar?

Recomendo seguir as redes sociais do professor Erik Navarro, que alia Inteligência Artificial ao Direito com profundidade, técnica e aplicação prática, e, no âmbito local, temos o Legalópsia, da professora Carolina Bonadiman, um curso com foco em treinamentos para escritórios de advocacia.

2 – Dr. Diego Barros, como o senhor entende o processo de adaptação dos profissionais do Direito diante dessa transformação digital?

Vejo que o processo de adaptação é uma questão de tempo. Há um ano nós praticamente não utilizávamos a IA. E, certamente encontramos resistência, assim como encontramos em outras profissões mais tradicionais, a exemplo da medicina.

3 – Quais são os principais desafios para implementar a IA em departamentos jurídicos menores?

Os principais desafios são o custo inicial, a falta de familiaridade com as ferramentas e a necessidade de mudança de cultura. No entanto, com soluções acessíveis e treinamento adequado, esses obstáculos podem ser superados.

4 – A utilização de IA no jurídico traz riscos para a segurança e confidencialidade das informações? Como esses riscos são mitigados?

Sim, há riscos, especialmente riscos relacionados à proteção de dados sensíveis. Os riscos podem ser mitigados com uso de plataformas confiáveis, criptografia e conformidade com a LGPD, por exemplo.

5 – O senhor entende que, a IA pode substituir algum dia o trabalho do advogado dentro do escritório, ou sempre será uma ferramenta de apoio?

Vejo a IA como uma ferramenta de apoio e não como um substituto do advogado. Mas, em escritórios que atuam demandas de massa, com predominância de tarefas repetitivas, o advogado poderá, sim, perder espaço para a IA, a exemplo do que já se vê com os Agentes de IA. Mas o trabalho estratégico, interpretativo e humano do advogado, é insubstituível.

6 – Como as lawtechs brasileiras estão se destacando em relação às soluções internacionais?

As lawtechs brasileiras inovam com foco nas particularidades do nosso sistema jurídico, o que é de suma importância para nós usuários. Vale destacar as Lawtechs que atuam na área de jurimetria, oferecendo soluções adaptadas à complexa realidade do nosso sistema jurídico, em que temos múltiplas instâncias, tribunais regionais e um sistema de precedentes ainda em consolidação.

7 – De que forma a IA pode ajudar na prevenção de litígios, e não só na análise depois que eles acontecem?

A prevenção de litígios com a utilização da IA pode se dar por meio da análise de grandes volumes de dados. Ao analisar tais dados, a IA consegue apontar padrões de conflitos recorrentes, cláusulas contratuais com possíveis falhas e comportamentos que elevam o risco de judicialização. Além disso, ferramentas de IA ajudam na revisão automatizada de documentos e na tomada de decisões estratégicas com base em previsibilidade jurídica. Isso permite que empresas atuem de forma segura, reduzindo a chance de litígios futuros.

8 – Há casos práticos de empresas que conseguiram economizar muito tempo e dinheiro com o uso dessas ferramentas? Poderia compartilhar algum exemplo?

Sim. Temos exemplos de escritórios que usam IA para revisar contratos e obtiveram redução de até 70% no tempo gasto com análises. Muitas empresas com grandes volumes de contencioso cível adotaram a automação jurídica para controlar, melhorar estratégias e reduzir custos operacionais.

9 – A ética no uso da IA no Direito é um tema amplamente discutido? Que tipos de problemas podem surgir?

Sim, a ética no uso da IA é uma preocupação constante. Inclusive, um dos maiores debates gira em torno do uso de IA para reconhecimento facial. Já podemos ver vários casos de prisões injustas de pessoas com base em erros de identificação por sistemas automatizados. Esses episódios evidenciam como algoritmos podem reproduzir ou até ampliar preconceitos existentes, afetando direitos fundamentais.

10- Quais habilidades um profissional jurídico precisa desenvolver para se destacar nesse cenário da Indústria 4.0?

Em um ambiente cada vez mais tecnológico e veloz, as soft skills se tornam tão importantes quanto o domínio técnico e digital. Habilidades como comunicação clara, empatia, inteligência emocional, escuta ativa e adaptabilidade são essenciais para lidar com clientes, equipes e situações complexas.

11 – Dr. Diego Barros, o Merkato agradece a sua participação e pelos esclarecimentos sobre IA no ambiente jurídico corporativo. Para concluirmos: o que é ser o advogado do futuro?

O advogado do futuro é o profissional multidisciplinar. Ter somente o conhecimento jurídico não basta. O conhecimento jurídico é pressuposto e não mais a diferença. O domínio de habilidades, como visão de negócio, comunicação clara e objetiva, empatia, resiliência serão fundamentais para manter-se no jogo. Além disso, o advogado do futuro deverá acompanhar as constantes transformações digitais, é claro.   


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