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3 de dezembro de 2024

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Caso Larissa Manoela, a TV aberta ainda tem força?

(Imagem capa: Freepik)

Invista no Jornal Merkato! – Pix: 47.964.551/0001-39.


Por Roberto TeixeiraJornalista e Diretor da RT Comunicação.

O caso Larissa Manoela tomou enorme repercussão nacional a partir de uma entrevista ao programa dominical Fantástico – que comemora 50 anos no ar – quando a atriz anunciou que rompeu com os pais por divergências sobre a gestão financeira da carreira.

A partir daí, a ex-Maria Joaquina de Carrossel ganhou 2 milhões de seguidores, foi notícia em todos os veículos de comunicação de massa e nos principais sites e perfis das redes sociais digitais na Web. Viu ainda migrar patrocinadores para a empresa que gerencia.

A TV aberta mostrou força e que ainda sustenta o chamado “capital simbólico”, o “deu no jornal, é verdadeiro”, a também conhecida credibilidade, mesmo que combalida e contestada nos anos atuais em que as redes sociais digitais ganham cada vez mais força.

Associação Latina de Desenvolvimento Esportivo, Cultural e Ambiental (ALDEeA). A ONG realiza o projeto social AFAI (Atividades Físicas Adaptadas e Inclusão) – Patrocínio: Master – Shell

Relembrando a história, a chamada Grande Imprensa, liderada pelos conglomerados de comunicação, principalmente da Rede Globo, reinaram absolutos desde o surgimento nos anos de 1950, com a TV Tupi, do jornalista Assis Chateaubriand, o Chatô, até os anos de 1990. Ditavam a chamada Agenda Setting, ou seja, pautavam os assuntos gerais e coletivos que seriam discutidos em nosso cotidiano.

Até que em 1995, surge a popularização da Rede Mundial de Computadores, a Web, e as grandes redes de comunicação tratam logo de dominar este novo espaço. Mas, aparecem também as primeiras redes sociais digitais (quem teve Orkut aí?) e os espectadores deixaram de ser meros consumidores de informação para também produzir e entregar conteúdo.

Daí foi a vez do domínio de outras grandes redes dividirem o bolo tanto da produção, como também da publicidade. Vimos a potência do GAMAM crescer, a sigla que reúne os gigantes da Internet: Google, Apple, Metaverso, Amazon e Microsoft.

Globo, Gamam e até nós, pessoas “comuns”, começaram a falar para muitos. Sem entrar no mérito da qualidade, o canal no Youtube, Cazé TV, criado pelo streamer Casimiro, é um exemplo deste fenômeno em proporções inimagináveis há poucas décadas atrás. A TV bateu recordes de audiência em jogos da Seleção Brasileira, que a Globo reinava soberana há décadas.

Diríamos, ó que maravilha ficou tudo democrático agora! Por um ponto de vista sim, só que aí surgiu junto também a catástrofe das fake news e a noção de um “porto seguro” para acessar notícias confiáveis deu sobrevida para o jornalismo das TVs abertas.

Até quando? Difícil ou impossível responder. No mundo de metaverso, inteligência artificial e novas tecnologias por vir, certamente, o cardápio de produção e disseminação de informações, oferecido aos consumidores, seguem em constante mudanças.

A certeza mesmo é que é vital a existência de informação confiável, baseada em credibilidade, pesquisa, dados, fontes, abordagens explicativas e ciência, acima de tudo. Um salve aí e vida longa ao jornalismo e a comunicação de qualidade de forma geral.

 

*O texto é de livre pensamento do colunista*


Invista no Jornal Merkato! – Pix: 47.964.551/0001-39.

Roberto Teixeira – Jornalista, Mestre em Comunicação e Diretor da RT Comunicação. (Imagem: Divulgação).

 

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