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6 de novembro de 2024

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Feira literária valoriza escritoras capixabas, na Biblioteca de Valparaíso

Escritoras, expositoras e público em geral, na II Feira Literária da Mulher Capixaba. / Foto: Divulgação.

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Cultura/Literatura Feminina
Por: José Salucci – Jornalista.

A 2ª edição da Feira Literária da Mulher Capixaba, realizada na última sexta-feira (18), na Biblioteca e Centro Cultural Carlos Corrêa, Valparaíso, trouxe companheirismo, acolhimento, autonomia e evidências de que a educação e cultura são potenciais de desenvolvimento econômico e cognitivo.

O evento cultural reuniu 17 escritoras e expositoras capixabas, contando com oficina de poema, palestra, artesanato literário e atrações culturais. A feira teve foco na valorização da escrita feminina e no empreendedorismo da mulher. Participaram do evento cultural escritoras, expositoras de artesanato, de artesanato literário, profissionais da educação, público em geral, e também contou com a presença do líder comunitário de Valparaíso, Rogerinho.

A idealizadora da II Feira Literária da Mulher Capixaba, Luciana Santos, que é a atual presidente da Academia Capixaba de Letras da Diversidade, pôde contar com a coordenação e organização da escritora Monique Ruas, mente colaborativa em toda a estrutura desse trabalho. Ambas narraram o sentimento de terem concluído o planejamento da feira com efetividade, e também expuseram os objetivos que o atual trabalho teve como primícia.

“No turno matutino, remediei uma oficina de poema, onde havia o microfone aberto, contei a minha história de ter passado por relacionamentos amorosos abusivos. Com a exposição da minha própria vida, estimulei a plateia a se dirigir ao palco para declamar um poema de improviso, falando de sua própria vida, foi uma dinâmica curativa”, narrou Luciana.

Entre o jogo de palavras e narrativas vivas, a oficina se transformou em um momento terapêutica. Segundo a idealizadora do evento, o encontro da feira teve esse objetivo: acolhimento entre as mulheres. Outro objetivo da feira, enquanto projeto, é atingir os 78 municípios do estado do Espírito Santo.

“As mulheres falavam poemas de improviso. Cada uma pensava em uma palavra e naquele momento declamava o poema que representava ela mesma”, completou Luciana.  A palavra “autonomia” foi a mais verbalizada, conta a idealizadora, que para ela, houve a libertação de muitas mulheres, por exatamente conseguirem vir a um evento e ter um dia só para elas, e, também conseguir expressar publicamente as dores e conflitos no discurso poético.

O livro tem propósito de alfabetização. / Foto: Divulgação.

Contando com a parceria da escritora Monique Ruas, que também expôs seus dois livros infantis na feira: “As aventuras do ABC”, livro de alfabetização, lançado em 2023, e “Para onde vai Vitória?”, lançado em 2024, a coordenadora da feira descreveu a importância do momento em ter auxiliado pela primeira vez um evento desse porte.

“A Luciana me entregou esse plano da feira, eu confesso que, é a primeira vez que eu participo de uma organização em um evento dessa dimensão. E poder ter visto as pessoas participando, trocando ideias, se engajando, se inspirando, foi muito gratificante. Então, aqui, foi um lugar que elas puderam conversar uma com as outras, e, também um ótimo espaço para deixar sua marca no mundo, então quando você planeja e vê, de fato, o projeto ganhando vida, a ficha cai”, disse Monique Ruas, que também é pedagoga.

Entre dramas e alegrias   

A feira teve apoio de pessoas físicas e jurídicas, além de doações de parceiros. Mas, a articuladora da feira literária afirmou que foi preciso bancar financeiramente o próprio trabalho, junto à idealizadora, e é nesse momento que a cultura e educação sofrem um golpe duro, onde o poder público e iniciativas privadas deveriam ter a consciência de apoio mais participativo.

“Às vezes dá uma sensação de incapacidade. Ver que as pessoas pedem pela cultura, mas na hora de colocar a mão na massa, eles tiram o corpo fora. Você não vê muitas pessoas engajadas em divulgar, em fazer a propagação da informação”, lamentou Monique.

Palestra: Baobás

Em um momento interessantíssimo da feira, onde ocorreu uma transversalidade histórica entre Brasil e África, a palestra da professora Miqueline Ferreira, Mestra em História, trouxe em sua palestra “Baobás: usos possíveis entre a Literatura Africana e o ensino de História”, uma perspectiva pedagógica para se fazer reconhecer a identidade africana, não só nas escolas brasileiras, mas também na disseminação de literaturas de escritores e escritoras desse continente em espaços públicos em geral.

“O Baobás é uma tentativa de levar a história do continente africano através da sua literatura. É possível ensinar História do continente africano através da literatura? Sim, é possível. São inúmeros os autores e a gente precisa de dar voz a quem representa o povo originário do continente africano, seus 55 países, então a gente precisa ler mais, e, principalmente, ler África”, disse Miqueline, que é Pós-graduada em História Afro-Brasielira.

O evento teve encerramento musical com a presença do Centro Municipal das Juventudes (CMJ), com Felipe e Esther, no modo voz e violão.

Esther, cantora, e Felipe, violonista, emocionaram o público cantando canções da MPB. / Foto: Divulgação


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