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Coluna Letrados / Crônica
Por José Salucci – Jornalista e poeta.
Perguntei à Vida se ela iria roubar a minha mãe de mim.
Então ela me respondeu:
– Eu não sou ladra, tudo que tenho e pretendo ter conquisto com meu suor!
Fiquei indagando internamente, confesso que fiquei insatisfeito com a resposta. Me aproximei dela e lhe fiz mais uma pergunta, dessa vez com outro sentido:
– Vida, você vai levar a minha mãe de mim?
Ela me respondeu de um jeito sarcástico:
– Eu não levo ninguém, apenas faço o convite ao espírito para participar da festa.
Encucado, curioso e ressentido pelas respostas, poeta que sou e curioso do amor eterno, fui cutucar a vida mais uma vez e esperar uma resposta mais sentimental, já que a Vida é tão importante, inteligente e cheia de sentido… cheia de razão.
Assim, com muito respeito, me aproximei da Vida, cheguei bem pertinho, pedi, gentilmente, que me respondesse sobre essa questão de amores que se vão… Nem sabemos pra onde, apenas cremos que há outras galáxias celestiais. Então, fiz minha última indagação, dessa vez com uma pergunta mais direta:
– Vida, por que você vai levar a minha mãe de mim?
Ela olhou bem nos olhos da minha alma e me disse com um sorriso feito pôr do sol:
– Vou levar a sua mãe pra que você aprenda sobre o amor quando sentir a saudade.
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