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2 de novembro de 2024

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Invista no Jornal Merkato! – Pix: 47.964.551/0001-39. Coluna Criativos/Projetos Por: Samuel J. Messias – Gerente de Projetos Especiais na ADERES  Este artigo aborda o fascinante processo de transformação

Jornalismo Comunitário: fonte de empreendedorismo

Jornalista e editor do Jornal Merkato. / Foto: Group Planet)

O empreendedorismo tem sido uma atividade de negócio propulsora para o aumento significativo dos índices de empregabilidade, de empregos e fomento à economia criativa.
Para os estudantes que acham que sentar no banco da faculdade se resume em pegar o diploma e ir atrás de um emprego, está com a visão míope, diante da força que uma graduação tem em oportunizar novos negócios.

O Jornalismo Comunitário entra como uma significativa ferramenta empreendedora para o fomento da inovação. Sabemos que o mercado de trabalho é aquecido por novas plataformas tecnológicas e matizes de conhecimento, com isso, vive a metamorfose de inovações periódicas.

Quem aparece como protagonista dessas mudanças são as Tecnologias da Informação e Comunicação (Tics), que se avolumam em mercados globalizados em rede, a informação vale poder.

Esse mercado de novas tecnologias oferece aos estudantes da área de comunicação e também as lideranças comunitárias, a possibilidade de atividades empreendedoras, através do Jornalismo Comunitário.

No século XX, a grande imprensa, detentora do poderio da informação, era hegemônica nas narrativas, logo, direcionava ideologias. No início da segunda década do século XXI, a sociedade experimentou a liberdade de narrar os fatos, a partir de suas próprias realidades, se comunicando por meio das redes digitais, as quais mudaram o jeito, o modo, o fazer e o realizar da vida, no aspecto profissional ou privado.

Nesse cenário de comunicação verticalizada, o Jornalismo Comunitário surge como uma outra forma de exprimir fatos e ideias. A partir dos próprios moradores das comunidades ou grupos afins, há mobilização na comunidade para conquistar os anseios da coletividade, esses atores da produção de comunicação fazem da informação uma lógica empreendedora.

Evidente que o jornalismo comunitário tem a função de defender a causa da sua própria comunidade. Dar voz àqueles que não têm espaço na mídia tradicional. “É o meio de comunicação que interliga, atualiza e organiza a comunidade e realiza os fins a que ela se propõe”, como referenda (MARCONDES, 1987, p.160).

Diante disso, a proposta do Jornalismo Comunitário sempre foi o ‘não econômico’. A notícia produzida por eles diferencia-se da imprensa tradicional, que conta com um viés mercadológico, já a notícia comunitária tem caráter de mobilização e ação social, a fim de informar com efetividade o seu público.

Essa visão do século passado de Jornalismo Comunitário precisa ser superada para novos modelos de empreendedorismo e inovação, a partir disso, reestabelecer a formação de novos produtores da comunicação.

Se para Marcondes, o Jornalismo Comunitário ajuda na socialização do indivíduo como ser, então pode-se entender, para o tempo presente, que empreender, por meio do Jornalismo Comunitário, traz a humanização e autonomia do sujeito como um indivíduo importante.

Fonte empreendedora

Se por empreendedorismo (GHERMANDI) definiu “… é a disposição para identificar problemas e oportunidades e investir recursos e competências na criação de um negócio, projeto ou movimento que seja capaz de alavancar mudanças e gerar um impacto positivo”, então podemos inserir o Jornalismo Comunitário como sujeito empreendedor.

O Jornalismo Comunitário contribui para que o indivíduo de sua comunidade seja ativo, e não mais passivo no processo democrático. Isto o torna um agente de informação empreendedora.

Para avanços de empreendedorismo, o Jornalismo Comunitário precisa ser feito com profissionalismo, ou seja, compreender a lógica do mercado e agir com ética na esfera pública. Monetizar o Jornalismo Comunitário não é de forma alguma possuir o espírito capitalista fervoroso da grande imprensa, que transformar a informação em apenas valores quantitativos econômicos.

Desse modo, é necessário buscar no Jornalismo Comunitário uma outra forma de fazer jornalismo, romper com o modelo tradicional de imprensa. É importante obter o viés de mercado representativo da comunidade, isso também é benéfico para o trabalhador (a) e o para o atual estudante de comunicação.

Informação é produto. Produto gera riqueza, que gera valor de trabalho. Trabalho gera oportunidade, que gera empregabilidade e inovação, onde tudo isso acontece no campo do empreendedorismo.

Nesse aspecto, o Jornalismo Comunitário, que pode ser voz ativa de uma comunidade que exercita uma atividade mobilizatória para o processo democrático comunitário e colaborador de aquisições aos direitos civis, é fundamental enxergá-lo como um potencial empreendedor para o progresso dessa comunidade e também à holística social.

**O texto é de livre pensamento do colunista**


José Salucci – *Jornalista,*Pós-Graduando em “Gestão em Organizações do Terceiro Setor e Projetos Sociais”. Possui experiência no Terceiro Setor, atuando com trabalhos de assessoria de comunicação, jornalismo comunitário, educação e voluntariado.

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