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Coluna Polítikus
Por: ¹Samuel J. Messias e ²José Salucci – ¹Mestre em Educação – ²Jornalista
Foi dado a largada para o pleito eleitoral. Muitos já escolheram seus candidatos, outros ainda estão indecisos e há aqueles que ainda não pensaram nisso e só lembrarão essa oportunidade, ou fardo, em meados de outubro. O fato é que, em breve, teremos novos representantes para vereadores e prefeitos em nosso país.
Independentemente dos eleitos, será impossível agradar a todos. Essa é a natureza da democracia, ainda mais num país tão ideologicamente polarizado como o nosso, não que isso seja ruim, dependerá do ponto de partida e onde se quer chegar em uma análise.
O poder da democracia pressupõe que as pessoas façam suas escolhas baseadas nas melhores opções, procurando os candidatos mais técnicos e/ou mais preparados para assumir o cargo eletivo, o que nem sempre acontece, não importa com que parte do espectro político o eleitor se identifique.
A questão é, que quando entendemos o papel da política em nossa vida e em toda a sociedade fica mais fácil escolher líderes que nos representem e, assim, saímos mais satisfeitos e esperançosos de melhora após o resultado das urnas. Mas ainda existem pessoas que demonstram baixo interesse por política e outros grupos que não procuram nenhum interesse pelo assunto, são aqueles que se deixam ser manipulados, governados e enganados pelos “ladrões” da democracia. Então, não adianta reclamar depois que vierem os escândalos políticos e porque a sua comunidade não se desenvolve na área urbana, educacional, esportiva, entre outras instâncias. Você foi apolítico; sua liberdade não tem preço.
Nessa perspectiva, a democracia é a melhor forma de governo, mas democracia é uma via de mão dupla: povo e político são agentes na política, da política e para a política.
Se continuarmos assim, descontentes, porém sem procurar formas ativas de melhorar nossa democracia não avançaremos rumo a um país melhor. São as nossas ações, inclusive, nossa participação no processo político que garante mudanças importantes em diversos temas essenciais, como a saúde, a educação e saneamento básico, por exemplo. Entretanto, só existe um caminho para aplacar essas dores, que passa pela ação política e gestão pública feita de maneira adequada e eficiente: participar do processo político. E vale ressaltar que processo político não é apenas o voto, ele é o meio, e não o início e nem o fim.
Para isso, é preciso estimular o povo brasileiro, mostrando a importância de conhecer os candidatos, suas propostas, se possuem formação superior, que aliás, é um desastre certas Câmaras Municipais que ainda possuem políticos na faixa do analfabetismo funcional. Entendemos que, deveria existir uma Lei que proibisse qualquer pessoa se candidatar à vida pública sem possuir curso superior, dessa forma aperfeiçoaríamos a democracia e o respeito pelo dinheiro público. Afinal de contas, ser político institucional é uma profissão, então toda profissão precisa de formação e capacitação.
Outra ideia relevante de se destacar é, que, a participação política não se encerra caso seu candidato seja eleito. É importante promover capacitação e educação política, de modo que as pessoas possam votar, tendo como base critérios mais adequados. É necessário que elas saibam que sua participação na política vai muito além do dia do voto. Não basta apenas fazer uma escolha assertiva, mas é mandatório acompanhar e fiscalizar as ações de seus representantes. Pergunto-me, se nós somos educados para tudo, para viver em sociedade, para desempenhar nosso trabalho, por que não nos educamos para entender a realidade da política e como ela transpassa nossas vidas?
Uma boa formação política no Brasil precisa ir além ao dia da votação. Esse ano você já procurou saber o que o seu líder comunitário fez pelo bairro? Você sabe quantos líderes comunitários chegam a ocupar a cadeira de vereador por causa do seu efetivo desempenho em sua comunidade?
A política eficaz começa na comunidade, com os moradores interessados em participar das reuniões nas associações e compreender os fundamentos de uma política organizacional e que desempenhe seu papel maior: orientar o cidadão a tomar consciência dos problemas locais e participar da transformação do lugar onde vive.
Logo estaremos diante das urnas e o que mais desejamos é que nossas cidades estejam nas mãos de pessoas que representem com propriedade a mim e a você. Não dá para esperar até outubro, ou de outubro em outubro – a cada quatro anos – para pensar em tudo isso. Nosso pedido hoje é que você não abra mão da sua participação na política e não entregue o destino do seu município nas mãos de outras pessoas.
Para fazer sua cidade melhor e uma democracia mais forte, é necessário se aproximar da informação política, tudo aquilo que envolve interesse público; debate sobre os temas que estão inseridos em nosso dia a dia na sociedade civil.
Percebe-se que a sociedade civil organizada, bem como, os partidos políticos, as igrejas e tantos outros organismos não podem se furtarem de suas responsabilidades quanto a formação cidadã dos indivíduos, promovendo assim uma sensibilização dos pequenos grupos até alcançar a coletividade quanto ao exercício pleno da cidadania.
Enfim, eleição é muito mais do que o voto. A figura do vereador e do prefeito podem trazer amadurecimento democrático ao seu município ou a morte da democracia para sua realidade. O que você gostaria de ter em sua comunidade? Seu vereador e prefeito poderão, ou não, construir os projetos do seu coração.
*O texto é de livre pensamento dos colunistas*
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