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14 de junho de 2025

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Não aguento mais o aumento de impostos, e você?

Colabore com essa informação! Pix: 47.964.551/0001-39. Coluna Criativos Por: Samuel J. Messias – Consultor Empresarial A carga tributária brasileira tem alcançado níveis alarmantes, gerando uma onda de insatisfação generalizada

Não aguento mais o aumento de impostos, e você?

(Imamgem: Astec Contabilidade)

Colabore com essa informação! Pix47.964.551/0001-39.


Coluna Criativos
Por: Samuel J. Messias – Consultor Empresarial

A carga tributária brasileira tem alcançado níveis alarmantes, gerando uma onda de insatisfação generalizada entre cidadãos e empresários. Neste artigo analiso o cenário atual dos aumentos de impostos no Brasil, apresentando dados concretos sobre a arrecadação recorde, as mudanças recentes na legislação tributária e o impacto direto dessas alterações no bolso e no futuro financeiro dos brasileiros.

A insatisfação generalizada com a carga tributária

O clima de indignação em relação aos aumentos consecutivos de impostos tem se intensificado por todo o Brasil. Trabalhadores, empresários e até mesmo especialistas em finanças públicas demonstram crescente preocupação com o rumo da política tributária nacional. Nas redes sociais, hashtags como #ChegaDeImpostos e #BrasilSemFôlego têm ganhado destaque, refletindo o sentimento coletivo de esgotamento financeiro.

As associações comerciais e industriais de diversas regiões do país têm emitido notas públicas manifestando rejeição às medidas recentes. Segundo levantamentos realizados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), aproximadamente 78% dos empresários consideram a carga tributária atual como o principal obstáculo para o crescimento e a geração de empregos. Este dado revela não apenas uma questão econômica, mas um problema social de amplas proporções.

O pacote de medidas fiscais anunciado pelo governo tem provocado críticas contundentes por focar exclusivamente no aumento da arrecadação, sem apresentar contrapartidas significativas na redução de gastos públicos. Economistas apontam que esta abordagem unilateral tende a agravar problemas estruturais da economia brasileira, como a baixa produtividade e a informalidade no mercado de trabalho.

A ausência de reformas estruturantes que poderiam modernizar o sistema tributário brasileiro é outro ponto de insatisfação. Enquanto países vizinhos avançam em direção a modelos mais eficientes e menos burocráticos de tributação, o Brasil parece seguir na contramão, adicionando complexidade e peso a um sistema já considerado um dos mais intrincados do mundo.

Dados recentes: aumentos e arrecadação recorde em 2025

O cenário tributário brasileiro, em 2025, tem apresentado números que surpreendem até mesmo os analistas mais pessimistas. A elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi implementada com o objetivo declarado de arrecadar impressionantes R$ 20,5 bilhões apenas neste ano. Esta medida atinge diretamente o setor empresarial, as operações de câmbio e os investimentos em previdência privada, segmentos fundamentais para o desenvolvimento econômico sustentável e o planejamento financeiro das famílias.

Nos primeiros 40 dias de 2025, os brasileiros já desembolsaram a quantia astronômica de R$ 500 bilhões em impostos, representando um aumento de 8,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Este crescimento na arrecadação ocorre em um momento em que a economia ainda se recupera de crises recentes e muitas famílias enfrentam dificuldades para equilibrar seus orçamentos domésticos.

A implementação da nova alíquota única de 17,5% de Imposto de Renda sobre rendimentos de aplicações financeiras, confirmada pelo governo federal, também gerou ondas de preocupação entre investidores de todos os portes. Esta uniformização, embora apresentada como uma medida de simplificação, representa um aumento significativo para diversas modalidades de investimento que anteriormente contavam com tributação mais branda.

Especialistas da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar) estimam que estas mudanças possam desestimular a formação de poupança de longo prazo no país, justamente quando o envelhecimento populacional exige maior preparo financeiro das famílias. “Estamos testemunhando uma política tributária que, paradoxalmente, pode comprometer a saúde financeira futura do próprio Estado, ao desestimular práticas que reduziriam a dependência de sistemas públicos de previdência e saúde”, avalia o economista Paulo Ribeiro, diretor da entidade.

Exemplos concretos: o que mudou neste ano

As alterações tributárias implementadas em 2025 têm impactado diversos setores da economia brasileira, com mudanças que afetam desde o cidadão comum até grandes empresas. Um dos exemplos mais significativos é a nova incidência do IOF sobre os planos de previdência privada na modalidade VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Anteriormente isentas, estas aplicações agora estão sujeitas a uma alíquota de 5% quando os aportes mensais ultrapassam R$ 50 mil. Esta mudança atinge diretamente a classe média alta e investidores que utilizavam este instrumento como estratégia de planejamento sucessório e tributário.

As cooperativas de crédito, que tradicionalmente operavam com vantagens fiscais para fomentar o desenvolvimento regional e atender pequenos empreendedores, também sofreram um duro golpe. Aquelas que movimentam mais de R$ 100 milhões por ano perderam a isenção do IOF e agora estão sujeitas à mesma tributação das instituições financeiras privadas. Esta equiparação desconsidera a natureza diferenciada do cooperativismo, cujo objetivo primário não é o lucro, mas o benefício mútuo dos cooperados.

A unificação da alíquota do Imposto de Renda sobre aplicações financeiras representa outra mudança estrutural significativa. Investimentos que antes possuíam tratamento diferenciado, como os fundos imobiliários (que tinham isenção para pessoas físicas) ou títulos de longo prazo (com alíquotas regressivas conforme o tempo de aplicação), agora estão sujeitos à mesma taxação de 17,5%. Esta padronização, embora simplifique o sistema, elimina incentivos que estimulavam o investimento de longo prazo e o desenvolvimento de setores estratégicos da economia.

O impacto destas mudanças já começa a ser sentido no mercado. A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) registrou uma queda de 12% nas aplicações em letras de crédito imobiliário no primeiro trimestre de 2025, comparado ao mesmo período do ano anterior. Este dado sugere um redirecionamento dos investimentos para outras modalidades ou, em casos mais extremos, uma redução na própria capacidade de poupança da população.

Antes das mudanças

  • VGBL isento de IOF independentemente do valor do aporte
  • Cooperativas de crédito com isenção de IOF em suas operações
  • Alíquotas de IR variáveis conforme tipo de investimento e prazo
  • Fundos imobiliários com isenção de IR para pessoas físicas
  • Previsibilidade tributária para planejamento de longo prazo

Depois das mudanças

  • VGBL com IOF de 5% para aportes acima de R$ 50 mil/mês
  • Cooperativas que movimentam mais de R$ 100 milhões/ano pagam IOF
  • Alíquota única de 17,5% de IR para praticamente todos os investimentos
  • Fim da isenção para fundos imobiliários
  • Insegurança jurídica e dificuldade de planejamento financeiro

Impacto no bolso e no futuro do brasileiro

A escalada tributária tem provocado consequências diretas e profundas na vida financeira dos brasileiros. A capacidade de poupar, já historicamente baixa no país, enfrenta agora obstáculos ainda maiores com a elevação dos impostos sobre aplicações e investimentos. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) indicam que a taxa de poupança nacional, que estava em torno de 16% do PIB em 2024, deve recuar para aproximadamente 14,5% em 2025, nível considerado insuficiente para sustentar um crescimento econômico robusto no médio prazo.

O efeito cascata da tributação adicional sobre as empresas representa outro fator preocupante. Com margens de lucro pressionadas pelos novos encargos, muitas companhias não encontram alternativa senão repassar esses custos aos preços finais de produtos e serviços. Este mecanismo de transmissão tributária amplia o impacto das medidas fiscais, atingindo até mesmo cidadãos que, aparentemente, não seriam afetados diretamente pelas mudanças na legislação. O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) estima que aproximadamente 63% do aumento de preços observado no primeiro trimestre de 2025 pode ser atribuído, direta ou indiretamente, às recentes alterações tributárias.

A crescente pressão fiscal também tem intensificado o debate sobre a necessidade urgente de uma reforma tributária abrangente, que não apenas simplifique as regras, mas efetivamente reduza a carga impositiva sobre o contribuinte brasileiro. Especialistas apontam que o atual sistema, além de excessivamente oneroso, é marcado por distorções que prejudicam a competitividade das empresas nacionais no cenário internacional e desestimulam investimentos estrangeiros no país.

Para o cidadão comum, o cenário de aumento contínuo de impostos gera ansiedade e incerteza quanto ao futuro financeiro. Pesquisa realizada pela Federação Nacional das Associações de Aposentados (FENAPA) revela que 72% dos brasileiros acima de 40 anos manifestam preocupação elevada com sua capacidade de manter um padrão de vida digno na aposentadoria, dado o ambiente tributário atual. Este percentual representa um aumento de 15 pontos percentuais em relação à mesma pesquisa realizada há apenas dois anos.

“O brasileiro está sendo duplamente penalizado: paga impostos altíssimos durante toda a vida produtiva e ainda vê comprometida sua capacidade de poupar para o futuro. Este ciclo vicioso precisa ser interrompido com urgência, através de uma política fiscal responsável que combine controle de gastos públicos com redução efetiva da carga tributária.” – Dra. Luísa Mendonça, presidente da Associação Brasileira de Defesa do Contribuinte.

*O texto é de livre pensamento do colunista*


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Samuel J. Messias *Reside em Vitória/ES *Consultor Empresarial *MBA em Estratégia Empresarial *Bacharel em Ciências Contábeis *Me. em Educação ( Florida University- USA). (Foto: Divulgação)

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