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6 de novembro de 2024

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Serra possui 135 candidatas e 273 candidatos à Câmara Municipal

(Imagem: Internet)

Invista no Jornal Merkato! – Pix47.964.551/0001-39.


Política/Eleição Serra
Por: Redação

Entre os 408 concorrentes à Câmara Municipal de Serra, 273 são homens e 135 mulheres. Em percentuais, isso significa que, 66.9% pertence ao gênero masculino e 33,08% ao gênero feminino. Mas quando o assunto é candidatos com nível superior completo, em proporção, temos 40% das mulheres com graduação completa, contra 32,9% dos homens que concluíram algum curso superior, levando em consideração a margem de erros de 2% para mais ou menos.

Além do número de candidatas a vereadora ser menor do que os homens, a Serra tem sete (07) concorrentes a prefeito (todos homens).

Todos os dados estão na plataforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até o dia da votação, 6 de outubro, pode haver mudança na lista dos candidatos. Caso ocorra alguma atualização, a reportagem poderá ser atualizada.

Serra x Vila Velha

No comparativo ao município de Vila Velha, dos 325 candidatos canela verde, apenas 88 são mulheres. Nesse caso, a Serra, de acordo com os índices, evidencia que o bloco feminino está mais engajado na política municipal, mas mesmo assim, os números revelam uma superioridade considerável dos homens.

Outro dado que a reportagem apurou, o qual não há motivos para elogios e, sim críticas, é que do total dos 408 candidatos na Serra, apenas 142 possuem curso superior completo – em porcentagem são 34.8% – ou seja, menos que a metade, isso revela que os candidatos à Câmara Municipal precisam de buscar conhecimento e preparo se quiserem gerir as pautas do município.

O Merkato entrevistou três candidatas a vereadora do município de Serra: Dani Frasson (União Brasil), Dáni Curtty (MDB) e Fernanda Fernandes (União Brasil), ambas concorrem pela primeira vez por uma vaga na Câmara.

Secretária de Direitos Humanos e Cidadania (Sedir), Lilian Mota (de branco). Ao seu lado, a candidata a vereadora Dani Frasson (União Brasil). / Foto: William Chaves de Alcantara.

“Me sinto honrada com a possibilidade de servir minha cidade como vereadora. Sinto que é um chamado para usar toda a minha experiência de gestora, e dedicação em prol de quem mais precisa. Tenho uma longa trajetória de trabalho com causas sociais, especialmente na área da saúde e inclusão. O mais gratificante é saber que, por meio de políticas públicas bem pensadas e ações efetivas, podemos transformar realidades, trazer dignidade e oferecer oportunidades para todos. Acredito que essa é a hora de transformar tudo isso em ações para o município que vivo”, disse Dani Frasson, 48 anos, Gestora de Mercado com especialização em Administração Pública.

Outra candidata principiante é a Dáni Curtty (MDB). A jovem de 34 anos soma talento, força, determinação e preparo acadêmico para enfrentar a nova caminhada de trabalho. Formada em Administração, Direito e, atualmente, graduanda em Engenharia de Alimentos, atuando também como empreendedora do ramo, com esse extenso currículo, a candidata explicou.

“Coloquei meu nome à disposição pois acredito que, quando queremos mudança, ela tem que começar por nós mesmos. Meu propósito é transformar vidas e aproximar a política das pessoas por meio de serviços de qualidade. Acredito que, com a experiência que tenho de voluntariado há 10 anos, posso transformas vidas através do turismo, acessibilidade, meio ambiente, empreendedorismo e desenvolvimento local”, ratificou.

À esquerda na foto, Sônia Laurindo, ao seu lado, Vera Lúcia. No centro da foto, a candidata a vice-prefeita Gracimeri, tendo ao seu lado a candidata a vereadora Dáni Curtty, acompanhada da jovem Mikaeli. As não candidatas são eleitoras e integrantes do projeto empreendedor “Mulheres Feira Bela Arte”. / Foto: Divulgação.

Fernanda Fernandes, 36 anos, (União Brasil), completa o time das candidatas entrevistadas, que concorrem pela primeira vez uma vaga na Câmara Municipal. A acadêmica de Direito trabalha em um escritório há 1 ano, além de atuar como estagiária no Departamento de Assistência Judiciária Municipal (DaJUM), há 1 ano e 6 meses, na Vara da Família.

“Minhas expectativas são as melhores. Espero que o município da Serra consiga eleger mais mulheres para o cargo de vereadora, pois temos apenas duas mulheres ocupando este cargo na Serra. Coloquei o meu nome à disposição dos munícipes da Serra para dar vez e voz a tantas famílias que sofrem violência doméstica contra mulheres, e jovens em vulnerabilidades, e na maioria das vezes não sabem nem onde pedir ajuda”, disse Fernanda.

Pautas

Pleitear por uma das 23 vagas à Câmara Municipal de Serra, não apenas o preparo deve ser condizente com o cargo que se pretende ocupar, mas ter em mente pautas significativas e foco para executar uma campanha assertiva, também é exercício fundamental para qualquer candidato.

Dani Frasson escolheu a pauta dos PCDs – Pessoas Com Deficiência – por vivenciar na pele a luta que vivencia com o seu filho. “Com o nascimento do meu filho, que tem fissura labiopalatina, essa experiência me abriu os olhos para a falta de políticas públicas que cuidem dessas famílias e dos mais vulneráveis”, contou.

Outra pauta que sustenta é a do empreendedorismo, que acaba engajando com a primeira. “Além do direito à saúde, defendo o empreendedorismo, porque muitas vezes, a mãe que se dedica integralmente a cuidar de um filho com deficiência precisa de abdicar de sua carreira. Empreender, nesses casos, é uma saída necessária para que essas mulheres possam continuar sustentando suas famílias.  Quero ser a voz dessas pessoas, lutar por um sistema de saúde mais acessível, pela informação, pela capacitação dos nossos jovens para que prosperem, pelo acolhimento das mães e pais cuidadores, e pelo apoio ao microempreendedor, que é o motor da nossa economia.” completou Dani Frasson.

Dáni Curtty, além de pontuar suas bandeiras políticas, foi categórica em sua crítica aos homens. “Defendo o empreendedorismo feminino por acreditar que toda mulher precisa da sua independência. Turismo de qualidade, acessibilidade, meio ambiente e desenvolvimento social. Vivemos, e ainda percebemos o machismo e o assédio moral e psicológico a nós mulheres, principalmente, nessa época eleitoral, onde eles dependem, de verdade, das mulheres para conquistar um pleito. Acredito que já avançamos muito, mas temos muito a avançar”, expressou.

A candidata Fernanda Fernandes enumerou suas pautas. “Combate à violência doméstica, apoio à saúde da mulher, incentivo ao empreendedorismo feminino e dos jovens”, disse.

Candidata a vereadora. (Imagem: rede social da candidata).

Conexão Mulher

Na última quinta-feira (12), aconteceu o evento Conexão Mulher, no Centro Comunitário de Laranjeiras – Serra. Na ocasião, mulheres candidatas a vereadora de Serra, personalidades políticas femininas, mulheres que ocupam secretarias de governo e convidadas participaram da solenidade sobre os direitos às mulheres.

Entre tantas pautas femininas, o evento foi dirigido por Gracimeri Gaviorno, que tratou da pauta do feminicídio. A candidata à vice-prefeita de Serra (PDT) narrou para o público a triste notícia da ex-Miss Suíça, que foi morta, decapitada e esquartejada pelo marido na última semana. “Fato estarrecedor que entristece muito, e sabendo que muitas outras mulheres estão morrendo com ela e outras tantas que irão morrer se a gente não se juntar para combater à violência contra mulher”, observou Gracimeri.

Evento Conexão Mulher no Centro Comunitário de Laranjeiras-Serra. / Foto: William Chaves de Alcantara.

A delegada aposentada da Polícia Civil (PC) expôs uma história pessoal de família, onde sua mãe sofreu violência doméstica, perdendo o bebê quando grávida de 8 meses, além de ter sofrido abuso sexual desde a infância, entre outras violências. Nesse momento da fala, Gracimeri homenageou a sua mãe, que estava presente no Centro Comunitário.

“Nós precisamos de enfrentar essa violência, e impedir candidatos, que tenha histórico de violência contra as mulheres, a ocuparem os espaços de decisão. Eles não podem decidir a nossa vida. Eu sou casada há 19 anos com um homem maravilhoso; dos homens bons a gente cuida, dos ruins, a gente tem que endireitar”, concluiu.

Outra voz feminina marcante no evento veio da ex-vereadora e ex-prefeita do município de Alto Rio Novo, Emanuela Pedroso, que atualmente, ocupa o cargo de Secretária de Estado.

“Nós estamos ocupando tantos espaços importantes, mas ainda somos muito tímidas nos espaços onde temos tantas decisões importantes. Precisamos, sim, ser guiadas por homens bons, de caráter, principalmente os que valorizam o papel da mulher. E, é lindo demais ver um espaço assim, onde a gente consegue falar um pouquinho para tantas mulheres, que nós precisamos estar encorajadas, a estar à frente da gestão. Somos fortes! Tem momento que é de decisão, hoje, a Serra precisa colocar uma mulher que cuide de outras mulheres, colocar uma mulher que conduza muitos homens ao caminho certo”, discursou a advogada.

A voz de mais uma experiência política feminina veio de Madalena Santana ex-vice-prefeita de Serra. “Nós estamos fazendo uma grande campanha de mulher votar em mulher, nada contra votar nos homens, mas o nosso Brasil já esteve e já têm muitos homens no poder, agora, também, é a vez das mulheres, que é muito importante, a cada eleição, a gente escolher uma candidata vereadora para votar”, opinou.

Conexão Mulher no Centro Comunitário de Laranjeiras-Serra. Na foto, candidatas a vereadora e secretárias de governo. / Foto: William Chaves de Alcantara. 

Direitos Humanos

Jacqueline Moraes, secretaria Estadual das Mulheres do ES (SESM), deixou o seu recado e foi aplaudida pela plateia. “Nós precisamos vencer algo que as pessoas chamam de machismo estrutural, eu chamo de algo tóxico que ficou no meio das mulheres. Muitas vezes, nós mulheres não conseguimos nem valorizar outra mulher que está em evidência. A gente tem dificuldade de comemorar com as outras mulheres, dificuldade de vibrar com outras mulheres, porque isso é uma estratégia do machismo que liderou a política por muitos anos. Nós precisamos comemorar quando vemos uma mulher liderando porque isso significa autonomia e protagonismo das mulheres”, pontuou.

Representando o bloco feminino da política serrana, uma personalidade ativa no trabalho da Prefeitura, a secretária de Direitos Humanos e Cidadania (Sedir), Lilian Mota, bateu um papo com o Merkato. Informada sobre os índices que a reportagem trazia sobre candidatos e candidatas com curso superior completo, sendo maioria do gênero feminino, e o que ela teria a dizer sobre a conexão entre os dados da pesquisa e o evento, a secretária respondeu.

“Hoje, ter esse número de mulheres representando o município de Serra demonstra o quanto avançamos com as políticas públicas, e trazer a mulher para o poder, para discutir a política pública, principalmente, a política da mulher, isso é muito importante. E, quando a gente traz mulheres com nível superior, isso qualifica o debate. Mas, mesmo tento um número maior de mulheres com curso superior, ainda sim, elas votam em homens. Hoje, conclamamos as mulheres para que votem em mulheres. Nós temos muitas mulheres boas para representar a Serra na Câmara Municipal”, afirmou.


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R. Carapebus, Valparaíso, Serra, Espirito Santo. @ricksspetaria

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